Reserva de emergência é a economia economizada ao longo de um período de tempo para cobrir custos fixos em caso de possíveis eventos imprevistos. Atua como uma espécie de proteção para que situações emergenciais (como demissões) não afetem o estilo de vida ou reduzam o poder aquisitivo.
A reserva de emergência pode ser definida como uma reserva de calma, para proporcionar alívio financeiro em momentos críticos. “Um exemplo disso é a pandemia. Muitos viram sua renda diminuir ou até mesmo desaparecer. Certamente, aqueles com reservas de emergência terão mais tranquilidade para administrar durante esse período crítico”.
Qual o valor da reserva de emergência?
O valor da reserva de emergência varia de acordo com suas despesas totais mensais e por quanto tempo você quer ficar sem preocupações. O primeiro passo é colocar todas as despesas da família, como moradia, alimentação, finanças, saúde, entre outras, no papel.
Depois é só multiplicar pelo número de meses que você quer estar seguro. Assim, se os custos fixos são de R$ 5.000 por mês e se deseja manter a proteção financeira por seis meses, o valor da reserva de emergência deve ser de R$ 30.000.
Não há consenso entre os especialistas quanto à duração ideal dessa economia, mas muitos especialistas levam em consideração o valor que cubra as despesas em um período de seis meses a um ano. Para uma única pessoa, esse intervalo pode ser maior do que para uma família com mais de um trabalhador.
O fator tempo não pode ser um obstáculo para a constituição dessa reserva e deve ser ajustado à condição financeira de cada pessoa, mesmo que sejam pagas pequenas contribuições mensais. “Melhor economizar um mês do que nada”.
Como adicionar dinheiro à minha reserva de emergência?
Ter um orçamento organizado é essencial para quem busca montar uma reserva de emergência. Em seguida, é necessário eleger um valor mensal que será destinado ao fundo. Uma sugestão é incluir esse valor na despesa fixa do mês, tornando a provisão tão relevante quanto as demais contas.
Para quem está com o orçamento apertado, o conselho é cortar todas as despesas e cortar o que for considerado supérfluo. Exemplos incluem assinaturas de produtos e serviços que, mesmo quando raramente usados, continuam sendo pagos em faturas de cartão de crédito.
Onde guardar a reserva de emergência?
Durante a acumulação ou mesmo quando cheia, os melhores investimentos para reservas de emergência são os produtos com liquidez diária. Além de criar valor lucrativo, eles têm o recurso de que o dinheiro pode ser sacado a qualquer momento.
Nesse sentido, os bancos de contas correntes remuneradas podem ser uma opção, pois em geral oferecem retornos diários de 100% do CDI, com alguns bancos pagando ainda mais.
Outra dica é optar por investimento em CDBs com remuneração a partir de 100% do CDI, produto de baixo risco de crédito e adequado para investidores prudentes. Nesse caso, é interessante que o produto forneça liquidez diária.
Com taxa Selic de 13,75% ao ano, a poupança está no radar dos poupadores. Os cálculos mostram que, no cenário atual, sua diferença em relação ao CDB dos grandes bancos é muito pequena, dependendo de quando os recursos serão alocados.
Outra opção para a reserva de emergência é o tesouro selic.
Quando usar reservas de emergência?
A reserva de emergência só deve ser utilizada para cobrir situações específicas fora do controle do orçamento, como perda de renda, doença ou qualquer outra necessidade necessária por um determinado tempo.
Já para as despesas previsíveis como impostos, inscrições e passeios, a reserva não deve ser utilizada. Esses custos devem ser incluídos no planejamento normal.
Estou devendo, como posso fazer uma reserva?
No caso de pessoas com dívidas em aberto, recomenda-se dar prioridade ao pagamento das dívidas, uma vez que estão sujeitas a juros, é possível ampliar ainda mais a conta.
Depois de pagar sua dívida, comece a montar sua reserva de emergência, mesmo que comece com pouco.