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O impacto de Demandas Trabalhistas em pequenos negócios: aprenda a minimizar este prejuízo

O impacto de Demandas Trabalhistas em pequenos negócios: aprenda a minimizar este prejuízo

As estatísticas mais recentes do TST mostram que no ano de 2021 foram julgados cerca de 2,8 milhões de processos trabalhistas no Brasil.

Os números refletem uma disposição alarmante para o litígio de trabalhadores em relação a seus empregadores, tornando-se importantes estimula uma mudança de postura das partes envolvidas.

Como advogado trabalhista em belo horizonte há mais de 10 anos, vivencio na prática os constantes embates jurídicos entre empregados e patrões.

Em termos financeiros, notamos que os pequenos empreendedores são os que mais sofrem com o litígio trabalhista, haja vista que é relativamente dispendiosa uma assistência jurídica de qualidade, sem contar a repercussão financeira da própria demanda ajuizada.

Compreendendo a importância do diálogo na pacificação de conflitos, deixaremos algumas dicas importantes, especialmente para os pequenos empreendedores. Essas dicas tem o objetivo de esclarecer o empregador da importância em valorizar as demandas dos trabalhadores e discutir com eles a melhor saída.

O valor do diálogo e da disposição de conciliar

Tomemos como exemplo um dos tópicos jurídicos que mais geram litígios na justiça do trabalho, que é a rescisão indireta de contrato.

A rescisão indireta é o meio judicial pelo qual o trabalhador se utiliza para obter uma rescisão do contrato, sustentando como fundamento uma falta grave praticada por seu empregador.

Em nosso escritório, 6 de cada 10 clientes que nos procuram mostram insatisfação com o contrato de trabalho e desejam obter o seu rompimento judicial.

A maioria destes empregados antes de procurar o poder judiciário, tentam antes conversar com seus patrões, a fim de expor a situação.

O que notamos é que em alguns casos, certos empregadores não valorizam a reivindicação e interrompem imediatamente o diálogo com o trabalhador. Na verdade isso acaba sendo um estímulo para que ele procure outras saídas, como o processo trabalhista.

A recomendação que temos ao empregador / empreendedor é que não faça isso. Mesmo que você não tenha o interesse de desligar o obreiro, procure sentar com ele para um diálogo sincero. Peça-o para expor sua insatisfação e procure ouvi-lo.

Na medida do possível, procure atender as reivindicações relativas à insatisfação do trabalhador que o levam a querer o desligamento do contrato. Uma postura receptiva e a valorização do diálogo aqui é essencial e pode poupar despesas futuras com demandas trabalhistas.

Se for necessário procure um profissional para a mediação do conflito

Se um acordo não for possível, recomendamos que o empregador procure um advogado para auxiliar na questão.

Um profissional do direito nestas horas representará um custo menor para o empregador e poderá mediar o conflito com mais qualidade e clareza.

Sem sombra de dúvidas, um profissional poderá elucidar melhor as partes envolvidas sobre a realidade de um processo trabalhista e isso pode fazer a diferença. Com efeito, trazer boa informação ao diálogo pode dissuadir escolhas precipitadas e imprudentes.

E se um acordo não for possível?

Nem todo diálogo promoverá a conciliação, apesar de todos os esforços. Afinal, não é uma obrigação de umas das partes ceder às exigências e condições da outra.

Neste caso o empregador deve estar ciente da possibilidade do trabalhador procurar a via judicial para a satisfação dos direitos que entende devidos.

Com isso, torna-se também importante que este empregador tenha ao seu lado um advogado que lhe assessore jurídicamente e lhe dê previsibilidade para tomar a melhor decisão, o que otimizará tempo e custos.

Vale ressaltar novamente que os custos da fase pré-judicial de um conflito sempre tendem a ser menores, tornando-se uma interessante opção especialmente para pequenos empreendedores.

Conclusão

Como se pode observar, a mesa de audiências do poder judiciário não é o único local para solução de conflitos, nem mesmo é a opção mais barata para isso. O empregador que se dispuser a ser solícito e conciliador, certamente colherá muitos frutos com esta atitude.

Em resumo, a abertura para o diálogo promove o respeito entre as partes e maximiza a chances de pacificação. Além disso, o uso de serviços advocatícios em fases pré-judiciais na maioria das vezes representará uma despesa intermediária.

Carlos Pires

Carlos Pires

Advogado TrabalhistaNovo na comunidade
Advogado em Belo Horizonte há mais de 10 anos. Graduação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

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