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Negócios de Impacto Social

Negócios de Impacto Social

Seria possível, diferentemente de outros momentos da história, gerar igualdade social sem ruptura com o capitalismo? Milhares de empreendedores sociais no mundo, e também no Brasil, acreditam que sim. Por isso, investem na criação de negócios que visam lucro e ao mesmo tempo transformam a realidade fomentando o desenvolvimento de comunidades carentes.

São empresas que obtém lucro ajudando a promover um desenvolvimento de abrangência socioambiental. São negócios que geram oportunidade de inclusão social e de qualidade de vida sem para isso, por exemplo, se descuidarem do meio ambiente e dos direitos de crianças e de adolescentes.

Esse é o setor chamado “2.5”, pois é um “meio do caminho” entre o setor 2 (que engloba as empresas privadas com fins lucrativos) e o setor 3 (organizações que atuam sem fins lucrativos, como as ONGs).

São empreendimentos que buscam autonomia financeira, mediante a venda de produtos e/ou serviços oferecidos ao mercado, da mesma forma que empresas tradicionais do setor privado. No entanto, para elas, o lucro só se justifica na medida em que o negócio transforma a sociedade para melhor, de modo semelhante às organizações não governamentais.

Compreenda que um negócio de impacto social considera:

·         O trabalho em rede, fazendo parcerias de forma a fortalecer e ampliar o impacto da atuação do negócio;

·          O combate ao trabalho escravo, forçado ou infantil;

·          O cuidado com a cadeia produtiva (seleção e avaliação dos fornecedores);

·          O gerenciamento do impacto ambiental; e

·         A articulação com as políticas públicas.

O Sebrae reuniu alguns casos de sucesso no setor. Veja:

CDI Lan – Articula redes de lan houses comunitárias e agrega serviços de educação, inclusão financeira, entretenimento saudável, cultura e empreendedorismo. Vem transformando 6.500 lan houses em centros de convivência, conveniência e serviços nas comunidades.
Área de atuação: tecnologia da informação. Local: abrangência Nacional (13 estados).

Rede Asta – Primeira rede de venda direta do Brasil de produtos originários de comunidades de baixa renda. Promove redes e trabalha para transformar a vida de produtoras e artesãs, conselheiras, consumidores e empresas. Fazem brindes corporativos para empresas reaproveitando resíduos sólidos da própria empresa. Área de atuação: canais de distribuição
Local: Rio de Janeiro (RJ).

Banco Palmas – Banco comunitário que oferece microcrédito, capacitação para pequenos empreendedores e canais de comercialização de seus produtos. Até 2011 concedeu 4.714 empréstimos de microcrédito produtivo. Mais de 18 mil famílias foram beneficiadas diretamente pelo empréstimo ou por meio de capacitações. Área de atuação: serviços financeiros
Local: Fortaleza (CE).

Conheça outros exemplos, clicando aqui.

Por uma rede nacional

O trabalho em rede por meio de parcerias para fortalecer e ampliar o impacto da atuação do negócio de impacto social é um dos vetores que possibilitará o resultado de abrangência nacional. Para isso, não faltam instituições empresariais engajadas.

É o caso do banco JP Morgan – que opera no Brasil há mais de 50 anos na prestação de serviços de produtos financeiros – e abriu uma divisão apenas para tratar do que chama de “finanças sociais”.

Para entender essa tendência, o banco promoveu uma pesquisa com 99 investidores. O resultado: em 2013, serão injetados até US$ 9 bilhões, ou R$ 18,1 bilhões, em iniciativas de impacto social, 12,5% mais que no ano passado.

Nessa mesma pesquisa, o banco perguntou aos investidores quais eram as áreas em que planejavam colocar recursos. Dos que tinham intenção em investir em mercados em desenvolvimento – como o Brasil –, 47% citaram educação como uma área possível, ficando atrás apenas de alimentação e agricultura (63%), serviços financeiros e microfinanças (59%) e saúde (51%). A estimativa é que haja R$ 250 milhões disponíveis para investimento de impacto no país, somando os valores que os fundos estão dispostos a desembolsar.

Também na direção de um mundo empresarial transformando a realidade atual, a Endeavor, organização de fomento ao empreendedorismo, ao ver crescer o número de startups interessadas em investimento com impacto social lançou, em parceria com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e com o Banco Itaú, o projeto Visão de Sucesso.

O Projeto oferece apoio para o desenvolvimento das iniciativas empresariais que visem atender a base da pirâmide social com serviços básicos de qualidade, como saúde e educação. Conheça-o emhttp://www.projetovisaodesucesso.com.br/index.php.

Para saber mais

Se quer saber mais sobre negócios sociais, ASSISTA O VÍDEO ABAIXO:

Saiba mais também com parceiros do Sebrae:

Lucio Pires

Lucio Pires

AdvogadoSebrae
Analista Técnico do Sebrae Nacional. Trabalho com negócios digitais com formação em Negócios Exponenciais pela Singularity University – Califórnia, EUA. Especialista em Gestão de Pequenos Negócios (FIA/USP). Advogado especialista em Direito Empresarial (Estacio). Matemático com especialização em Finanças (UFBA).

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