As micro e pequenas empresas são importantes agentes econômicos do desenvolvimento includente e sustentável. Uma vez que investem no aperfeiçoamento de seus sistemas produtivos, para a geração e consumo de energia mais limpa, os pequenos negócios contribuem afirmativamente para a redução da emissão de gases e minimização dos efeitos perversos nas mudanças climáticas. Nessa nova fronteira de conhecimento, do desenvolvimento sustentável, o papel do Sebrae está orientado tanto para a conscientização da responsabilidade coletiva dos empresários com o futuro, quanto para a identificação de oportunidade de negócios nesse novo segmento de mercado. Ao lançar a cartilha Mudanças Climáticas e Oportunidades de Negócios, uma parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia, o SEBRAE pretende potencializar as oportunidades de negócios das micro e pequenas empresas, pela tríplice aliança entre geração de renda, trabalho decente e preservação de recursos naturais.
O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL vem sendo entendido pelas empresas como importante instrumento, algo para a consolidação de uma nova visão de desenvolvimento, além de ser considerado um bom negócio, tanto em termos socioambientais quanto de investimento. Novos nichos de mercado, tais como o desenvolvimento de energias renováveis e tecnologias limpas, estão sendo criados, tornando-se parte do processo de decisão das políticas das empresas. As mudanças climáticas globais e o mercado de carbono podem representar um desafio para geração de ótimas oportunidades de negócios para as pequenas empresas. Poderosos agentes econômicos, com uma força social importante para enraizar valores e divulgar ações, as pequenas empresas podem utilizar-se de suas reconhecidas virtudes – flexibilidade, capacidade de adaptação, criatividade e agilidade – visando à participação nesse mercado. Dentro dos tipos de projetos de MDL, os de pequena escala são os que mais se adaptam às oportunidades de geração de pequenos negócios, ou seja, mais compatíveis com as pequenas empresas por ser mais ágeis, com menor prazo de aprovação, com metodologias mais simplificadas e de menores custos. Entretanto, há a questão do tamanho do projeto, pois em alguns casos, o custo de operação pode não ser compatível com a capacidade do projeto de agregar valor. Quanto menor ele for, menos atrativo o seu financiamento por partes de bancos e do mercado de capital. Nesse caso poderia ser interessante, e deve ser estudada, a possibilidade de maximização de escala por meio de agrupamento de projetos, envolvendo aí os arranjos produtivos e aglomerados, pois hoje a organização dos pequenos negócios é a alternativa mais importante para suprir os limites de tamanho, de poder econômico e de competências isoladas, o que permite que um número maior de empreendedores seja beneficiado.
Outra possibilidade de participação das Pequenas Empresas seria por meio de parcerias com projetos de MDL de larga escala, sólidos e bem-estruturados, realizados pelas grandes empresas. Tendo em vista o alto interesse que o tema tem despertado na área financeira e econômica global, a existência de vários fundos por parte de bancos comerciais, governos, iniciativa privada e sociedade civil organizada (ONGs) pode contribuir para a diminuição do gargalo em relação à escala do projeto, viabilizando o financiamento para sua elaboração e para os trâmites legais necessários.
O ambiente de negócios nessa área está bem favorecido, principalmente devido ao crescimento exponencial do mercado de “negócios verdes”, com destaque especial para o mercado de créditos de carbono.
Confira a cartilha completa clicando aqui.
Confira mais matérias como essa na seção de “Ideias de negócios” aqui no Sebrae Mercados.