A edição de setembro do Boletim de Serviços Financeiros, produzido pelo Sebrae Nacional, destaca a importância dos seguros que, desde o início das operações comerciais, representa um importante mecanismo de proteção contra eventos adversos e imprevisíveis, tais como incêndios, furtos, doença, morte, intempéries, marés ou acidentes.
Nos dias atuais, o desenvolvimento do mercado de seguros tem possibilitado uma abrangência de eventos praticamente ilimitada. Em países modernos com longa tradição nesse segmento, como Estados Unidos, Holanda e Inglaterra, instituições financeiras oferecem opções de proteção que preveem, por exemplo, indenizações em caso de danos em partes do corpo, de gravidez inesperada, ou mesmo de prejuízos causados pela queda de meteoritos. No Brasil, o espectro de produtos é certamente mais estreito, porém suficiente para fornecer, ao empresário, tranquilidade para conduzir suas atividades sem maiores sobressaltos, na ocorrência de eventos adversos.
Diante da grande quantidade de eventos passíveis de ocorrer, assim como das peculiaridades de cada contrato no que se refere a prazos de cobertura, valores e características individuais dos contratantes, fez-se necessário o desenvolvimento de uma espécie de seguros capaz de incluir, de imediato, parcela significativa da população, que por si representa um atraente potencial de celebração de milhões contratos, ainda que de baixo valor. Surgiram, assim, os microsseguros, inspirados em experiências de sucesso de outros países, e que têm como principais atrativos a limitada quantidade de coberturas envolvidas, a padronização de coberturas, a simplicidade de contratação (inclusive em caixas eletrônicos) e a facilidade de compreensão das condições contratuais, fatores que permitem uma sensível e necessária redução de custos.
Por isso, os microsseguros vêm adquirindo força no mercado brasileiro, produzindo, atualmente, receitas às instituições seguradoras da ordem de R$ 10 milhões ao ano. No entanto, segundo a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, quase 40 milhões de pessoas ingressaram na classe média na última década em nosso país, e, em decorrência disso, espera-se que o mercado de microsseguros se expanda de forma acelerada nos próximos anos. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o segmento deverá contar com 40 milhões de segurados até 2016, de um universo de cem milhões de pessoas que possuem o perfil de clientes em potencial para os microsseguros, resultando em um mercado de R$ 6 bilhões ao ano.
Para saber mais sobre esse tema, leia a íntegra do boletim.