O Brasil já é o 4º maior consumidor de jogos digitais do mundo, à frente do Reino Unido, Alemanha e Espanha. Um contraste diante desse posicionamento é a baixa expressividade da indústria brasileira de jogos digitais no cenário mundial.
Estimativas da participação das regiões nas vendas globais indicam a Ásia como o maior mercado, seguindo pela Europa e pelos EUA. A América Latina tem participação modesta no mercado, de apenas 2%.
Os países líderes dessa indústria global lançaram mão de políticas públicas diversas para alcançar suas posições. No Brasil, uma das iniciativas mais recentes, divulgadas pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), é o lançamento Mapeamento da Indústria Brasileira e Global de Jogos Digitais e do Relatório de Proposição de Políticas Públicas Direcionadas à Indústria Brasileira de Jogos Digitais.
O diagnóstico da instituição aponta, entre outros fatores, que o segmento está comprometido por falta de competitividade e inovação e que é quase inexistente a propriedade intelectual local. Há fraca presença de jogos nacionais, tanto no mercado local como no mercado internacional, através de exportação.
O setor nacional comporta essencialmente empresas de micro e pequeno porte, ainda em fase de aprendizagem, que trabalham isoladamente na grande maioria dos casos, o que não permite a obtenção de escala no que diz respeito à inovação.
As medidas propostas para transformar essa realidade, partiram do mapeamento do BNDES que analisou cinco ecossistemas:
- Serious Games
- Mobile & Casual
- Consoles e PC Caixa
- Distribuição Digital
- Novas Tecnologias e Tendências
O relatório que propõe políticas públicas tem por objetivo:
- Desenvolver uma indústria brasileira de jogos digitais que seja competitiva e inovadora;
- Capacitar Recursos humanos para criar, gerenciar e operar empresas worldclass;
- Promover o acesso a financiamento que possibilite o crescimento das empresas e da competitividade internacional;
- Gerar um ambiente de negócios que permita o crescimento sustentado;
- Gerar demanda por meio de compras públicas.
A partir de tais iniciativas, almeja-se fortalecer a capacidade de inovação, visando estimular a geração de tecnologias nacionais; estimular o empreendedorismo e o desenvolvimento de empresas nacionais; fomentar a capacidade de empresas brasileiras para se tornarem fornecedoras das cadeias globais de valor; promover a internacionalização das empresas e as exportações de jogos e atrair e reter editoras e empresas multinacionais capazes de oferecer emprego qualificante, transferência de tecnologia e acesso ao mercado internacional.
Para conhecer detalhadamente tanto o mapeamento como as propostas apresentadas em fevereiro deste ano, acesse o conteúdo relacionado nos links abaixo:
Conheça também o Perfil das Empresas Brasileiras Desenvolvedoras de Jogos Digitais