É muito comum em tempos de aperto financeiro ouvirmos um conhecido ou um especialista dizer: “corte os gastos”, como se isso fosse a tarefa mais simples do mundo. No entanto, esse “corte” exige conhecimento profundo do negócio e um bom planejamento.
Uma empresa é como uma máquina que necessita de várias engrenagens para funcionar. Podemos comparar essas engrenagens às despesas e custos da empresa, pois, sem estes, o tão desejado lucro não vem.
A questão é que com o passar dos anos vão sendo incorporados gastos que não contribuem, de fato, para a geração do lucro, ou seja, para o crescimento da empresa. Vão aparecendo despesas desnecessárias e são estas que vão comprometer o futuro do negócio.
Para começar, faça um levantamento das despesas do negócio. Ao conhecer estes valores você já poderá realizar ações corretivas, implementando ações para cada tipo de despesa existente. Para isso, crie uma tabela e separe os valores por mês, de acordo com o tipo, por exemplo: despesas de manutenção (salários, aluguel, anergia elétrica), fornecedores, empréstimos bancários, pró-labore. Lembre-se de colocar tudo!
O que sai do caixa não sendo para pagar as despesas de manutenção ou seu fornecedor, bem como as dívidas que você fez para investir no negócio e pro-labore, tem grande chance de ser os penduricalhos que atrapalham seus resultados e, às vezes, sufocam seu caixa. Mas não é só isso, até nos gastos essenciais pode haver excessos, como por exemplo: desperdício de energia elétrica e água, volume elevado de estoques, regime de tributação inadequado, papel, impressão…Ufa, quanta coisa hein!
E ainda tem mais! O pró-labore, retirada, faz-me rir, ou seja, seu salário tem que ter um limite. Isso mesmo! Você é dono do negócio mas seu caixa o vê como um funcionário. Portanto, o mesmo exercício que fará para conhecer as contas da empresa, você fará também para conhecer as suas. Infelizmente, a nossa experiência nos tem mostrado que vários negócios não têm ido bem devido ao excesso de retirada dos sócios. Há momentos em que infelizmente, ou felizmente, você, empresário, precisa apertar os cintos. Pense assim: se o negócio crescer, seu crescimento será consequência.