Disponibilizada pelo Sebrae-SP desde janeiro de 2014, a ferramenta Check-up Empresa já ajudou mais de 85 mil empreendedores a avaliar a saúde do negócio e, se for preciso, corrigir processos. A proposta é simples. O gestor responde um questionário composto por quatro temáticas: marketing, finanças, gestão de pessoas e administração geral. São perguntas com quatro opções de respostas, cada uma com um nível de importância. “No fim, cada área recebe um porcentual que funciona como uma nota e classifica o nível de gestão em básico, intermediário ou avançado”, explica a gerente de Atendimento do Sebrae-SP, Adriana Rebecchi.
A partir do resultado, o empresário é orientado a seguir uma trilha de atividades como cursos, palestras, oficinas, vídeos, ensino a distância (EAD) ou e-books que vão colaborar de suas carências. “Apresentamos todas as opções e o empresário faz a escolha”, reforça Adriana. A recomendação é começar pelo ponto mais crítico.
De acordo com levantamento do Sebrae-SP, o tema com maior número de empresas com indicações de nível básico é o de gestão de pessoas, seguido por finanças, marketing e administração.
A ferramenta é gratuita e disponibilizada em três canais: por meio do Sebrae com Você, ação ativa em regiões mais distantes; por analistas e consultores nos Escritórios Regionais, com agendamento prévio; e pelo site: http://www.checkupempresa.sebraesp.com.br
Mudanças orientadas
Em Araraquara, Walter Bottura fez a avaliação presencial em janeiro. Proprietário da Comercial Bottura, loja de material de construção e ferragens, recebeu notas altas nos quatro quesitos. Em três, registrou acima de 90%. Em gestão de pessoas obteve “apenas” 88,89%. “Para um negócio que tem 68 anos de vida e está na segunda geração, não é nada mal”, celebra ele. Uma das dificuldades identificadas por Bottura nesse quesito é passar o seu conhecimento técnico para os funcionários. Ele conhece cada item dos quase 3 mil das prateleiras, informações preciosas na hora de atender os fregueses, que em muitos casos querem a opinião do vendedor. Seguindo as orientações do Sebrae-SP, Bottura tem participado de palestras, assistido a aulas de ensino a distância (EAD) e se capacitado para melhorar a gestão de pessoas de sua empresa.
Prazos menores
A sócia da Eletrificação Regiane, Célia Rosaboni Regiane, fez o teste em fevereiro no Escritório Regional do Sebrae-SP em São José do Rio Preto. A avaliação apontou a necessidade de atenção especial com as finanças. No mercado há 17 anos, a empresa atua como prestadora de serviços elétricos em imóveis comerciais e residenciais. A companhia tem enfrentado dificuldades para lidar com a mudança de prazos de pagamento de fornecedores sem conseguir repassar as mesmas condições para os clientes. Como resultado, o capital de giro está estrangulado. “Baseado nas minhas respostas, o consultor traçou um perfil dos pontos que preciso melhorar”, diz Célia. O primeiro passo foi buscar uma consultora financeira, que indicou a necessidade de cuidar do fluxo de caixa de maneira organizada em planilha, algo que ela nunca fez. Para virar o jogo, a sócia se programou para fazer cursos na área, além de ser acompanhada de perto pelos consultores do Sebrae-SP.
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