Contar com auxílio de um profissional, controlar a aversão ao risco e diversificar são os conselhos de um estrategista da área
Você pode ouvir aqui o podcast com a entrevista completa de Mauro Morelli, especialista em investimentos financeiros com as dicas para os pequenos empreendedores.
Investir pode, por vezes, parecer um jogo de videogame. Porém, é essencial que seja uma ação tomada com toda a seriedade, como frisa Mauro Morelli, estrategista e sócio da Davos. Com uma carreira de mais de 30 anos no mercado financeiro, com foco em investimentos, ele é a pessoa ideal para aconselhar o empreendedor sobre as melhores alternativas e opção de investimentos.
Ele diz que o investimento no mercado financeiro tem que ser encarado como algo muito sério. O primeiro ponto é entender que esse é um mercado muito diferente daquele do dia a dia. Daí a importância de contar com um especialista que consiga traduzir o significado dos termos e alertar para os riscos e vantagens dos diferentes produtos.
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Essa ajuda especializada pode vir um agente autônomo de investimento, gerente do banco, consultor de investimento, enfim, há um leque de profissionais que podem fornecer orientação.
A primeira pergunta que esse profissional irá fazer deverá ser a respeito dos objetivos do investimento: comprar uma casa, ampliar o negócio, criar reserva financeira para a empresa ou para a família? Se já existe uma reserva, qual o tamanho dela? Fatores como prazo e tolerância ao risco vão direcionar a escolha do investimento.
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Assista aqui a segunda parte da entrevista de Mauro Morelli sobre investimentos para empreendedores.
“Quanto ao risco, seja qual for o perfil do investidor, a decisão não pode tirar o sono do dono do dinheiro mas, também, não adianta ser extremamente conservadora”, destaca Morelli. A necessidade de liquidez é um fator determinante na escolha do formato do investimento.
Para uma caixa de emergência, na grande maioria das vezes, são indicados fundos de renda fixa, que são atrelados à taxa diária de juros e tiveram uma remuneração muito ruim ano passado, lembrando que os juros no Brasil estavam a 2% e agora estão a 12%. Mesmo assim, apresentam uma rentabilidade que apesar de conservadora é recomendável para quem pode precisar de liquidez imediata.
O investidor brasileiro, segundo Morelli, tem uma característica de total aversão ao risco que, muitas vezes, dificulta que mantenha o sangue frio frente a eventuais prejuízos em momentos de crise. Esse é um conselho importante: não se desfazer da carteira nos momentos de baixa.
Além de procurar um especialista e não se desfazer do investimento ao menor sinal de risco, Morelli destaca um outro ponto importante para os empreendedores: diversificar.
À medida em que o investidor fica mais acostumado ao funcionamento do mercado financeiro, deve procurar investir em diversos formatos. “É aquela velha história que as nossas avós falavam, de não colocar todos os ovos na mesma cesta. Então, é bom ter um pouco no fundo, um pouco na bolsa, um pouco em dólar. Ter uma carteira mais abrangente permite trabalhar melhor em cenários conturbados”, detalha o especialista.
Ele lembra de um conceito chamado marktime, que se refere ao momento do investimento dentro do contexto. Se está tudo muito caro, convém esperar um tempo para fazer compras. Se está tudo muito acessível, é o momento certo de investir? A resposta de Morelli é muito clara: esse tipo de decisão só pode ser tomada por quem tem um conhecimento mais profundo de como funciona o mercado financeiro.
O investidor iniciante, com pouco ou nenhum conhecimento, não deve tentar adivinhar qual a melhor hora de sair ou entrar em um dado investimento. Se insistir em fazer isso sem a ajuda de um especialista, que seja com valores pequenos o bastante para não significar prejuízo.
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