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Entenda por que os bancos são o setor mais processados na justiça do trabalho

Entenda por que os bancos são o setor mais processados na justiça do trabalho

Você já sofreu problemas com alguma instituição bancária? Bom, pessoalmente você até pode não ter sofrido, mas com certeza conhece algum parente ou amigo que já tenha tido problemas com os bancos, levando até mesmo o caso até a justiça.

 

Entre o período de junho de 2020 até junho de 2021, foram cerca de 45,5 mil processos trabalhistas contra essas instituições financeiras, sendo o maior “alvo” das pessoas em relação a esse tipo de ação, antes da pandemia, esse indigesto posto era ocupado pelas empresas de construção civil, com cerca de 60,7 mil processos no ano de 2019, porém com a paralisação das atividades, os bancos ganharam destaque e acabaram ocupando a primeira colocação. 

 

Nesse momento, você deve estar se perguntando o que levou os bancos a terem números tão altos dentro da justiça do trabalho, afinal, as instituições deveriam ser transparentes como um toldo policarbonato, então o que levou a tais números?

 

Vale destacar que as instituições financeiras não param de lucrar, os bancos mais tradicionais possuem receitas bilionárias como o Itaú com mais de R$ 7,5 bilhões, o Bradesco com R$ 6,31 bilhões e o Banco do Brasil, que registrou R$ 5,5 bilhões. 

 

Então o que leva as instituições bancárias ao topo da lista entre os setores mais processados na justiça do trabalho? Quais os fatores que fazem essa área ser tão cobrada assim? Existe uma explicação? Vamos mostrar isso no texto de hoje, bora conferir? Então vamos lá!

 

Números cada vez maiores

Só de ver acima nos deparamos com números estrondosos, tanto vinculados ao faturamento quanto também, o número de processos trabalhistas que aumenta em relação às instituições bancárias. 

 

Além do que vimos acima, vale destacar o número absurdo de empregos que foram extinguidos dentro desse setor, de acordo com dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), logo no começo da pandemia, os cinco maiores bancos do país chegaram a extinguir mais de 12,7 mil postos de trabalho. 

 

Itaú, Bradesco, Santander e Caixa juntos, fecharam cerca de 1.376 agências físicas só durante o ano de 2020, a única grande instituição que foge um pouco da curva é o Banco do Brasil, que em seu plano, fechou “apenas” 112 agências durante o ano de 2021. 

 

Mas o que gera esses números cada vez mais estrondosos? Ao mesmo tempo que o faturamento se mantém estável, o que representa esse fechamento? Quais motivos para que a porta de enrolar seja fechada para sempre?

 

Pandemia e cenário desfavorável

O principal motivo para tudo isso não poderia ser outro: a famosa pandemia causada pela Covid-19, ela que causou a demissão durante um ano, de cerca de 377 pessoas por hora, de acordo com levantamentos feitos, cerca de 40% dos brasileiros tiveram a sua carteira de emprego prejudicada, seja com a perda efetiva do emprego ou na mudança da sua rotina de trabalho. 

 

Fato é que a pandemia atuou de forma ativa no cenário econômico do país, gerando um estrago enorme dentro dele e um rombo que é difícil de ser contornado, no meio do olho do furacão, as instituições bancárias também acabaram sofrendo muito.

 

Por mais que elas não chegassem a falir, afinal, o banco é algo básico dentro de nossas vidas, ela sofreu principalmente nas suas agências físicas, por mais que seja um serviço essencial, tudo foi migrado para o digital, deixando o cenário bancário cada vez mais online. 

 

Como consequência, centenas de agências foram fechadas e o trabalho consideravelmente reduzido, o atendimento agora foi feito por chatbots e a inteligência artificial comandava tudo, o que fez com que milhares de empregos fossem perdidos devido justamente ao cenário pandêmico. 

 

Fechamento de serviços

Mas a pandemia não deveria afetar também outras áreas fazendo com que outros números fossem alavancados? Como alguém que trabalha com a instalação de central de alarme de incêndio também não foi demitido e sofreu com ações na justiça?

 

Em grande parte sim, mas a diferença é que com o fechamento dos serviços, muitas empresas acertaram rescisões amigáveis ou fecharam as verbas da maneira correta, até mesmo seguraram seus colaboradores. 

 

Isso fez com que mesmo com um alto grau de desligamento, outros tipos de processos fossem praticamente deixados de lado, como os acidentes e adicionais de insalubridade que acompanhavam uma obra de construção civil. 

 

O foco era total na rescisão de contrato e nas verbas a serem recebidas por uma demissão sem justa causa, porém, muitas empresas tiveram, digamos, mais manejo do que outras, principalmente ao falarmos de marcas de grande porte, como são os casos dos bancos. 

 

Dificuldade econômica para todos os lados

De fato, a pandemia prejudicou todas as empresas e foi extremamente negativa para todos os lados, gerando dificuldades econômicas para centenas de áreas, porém, é preciso ressaltar que as instituições bancárias tiveram um enorme corte de gastos e não pensaram duas vezes ao desligar postos de trabalho e demitir colaboradores que não teriam como executar suas funções de maneira remota. 

Atrelado ao fato do alto faturamento e da baixa flexibilidade de negociação, os bancos acabaram sofrendo como o setor mais processado dentro da justiça do trabalho, ainda mais ao saber que uma pessoa poderia entrar com o processo, até 2 anos após o seu desligamento. 

 

Em suma, uma conjuntura de fatores levou a esse ponto, e a pandemia e o grave momento econômico do Brasil, fizeram com que os bancos tirassem seus funcionários de frente do seu ventilador climatizador, e sofressem com uma alta demanda de processos.

 

O que achou do texto de hoje? Deixe a sua opinião nos comentários abaixo e não se esqueça de compartilhar com seus amigos e familiares caso tenha gostado do conteúdo, até a próxima!

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