Confira uma ideia de negócio completa sobre Como montar uma mercearia. Abaixo dividimos o conteúdo em tópicos como mercado, custos, pessoas, investimentos, divulgação, exigências legais e mais dicas.
1 - O que é?
Mercearia é um empreendimento comercial de existência secular no mercado e tem por objetivo atender algumas necessidades do lar, de forma simples e ágil. Provavelmente consiste em um dos mais antigos segmentos de negócio que ainda exista no mercado, vendendo alimentos e produtos em geral. A mercearia é uma alternativa para os mercadinhos e são muito importantes para os habitantes de pequenas cidades pequenas do interior nas quais ainda não existem supermercados.
Curiosidade
Nos anos cinquenta do século passado existiam inúmeras mercearias que procuravam dar resposta às necessidades de consumo da população.
Se pesava o sal, a farinha, o arroz, o grão, o feijão e o café, os quais eram fornecidos ao cliente dentro dum cartuxo de papel acinzentado. Só que neste último caso, (do café) o aroma começava logo ali a povoar-nos as narinas e a revelar ou não a sua qualidade. A manteiga e a banha de porco eram retiradas de latas grandes, com o auxílio das respectivas espátulas e eram pesadas em papel vegetal, com o qual se fazia o embrulho, que por sua vez, era embrulhado em papel manteigueiro. O azeite era aviado em garrafa levada de casa pelo cliente e medido e tirado de um bidão, situado por debaixo do balcão, com o recurso a uma bomba de dar à manivela.
Fonte: PORTUGALd’antigamente – https://portugaldeantigamente.blogs.sapo.pt/as-mercearias-9780
2 - Mercado
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), o setor de alimentos no Brasil avançou 2,8% em receita no ano de 2018, registrando R$ 656 bilhões, incluindo exportações e vendas para o mercado interno, representando 9,6% do PIB.
Os dados da pesquisa mostram que o setor gerou mais 13 mil novos postos de trabalho no mesmo período. A soma de investimentos em ativos, fusões e aquisições avançou para R$ 21,4 bilhões, o que contribuiu para o crescimento de 13,4% frente a R$ 18,9 bilhões alcançados no ano de 2017.
O mercado interno manteve um ótimo desempenho de consumo e, por esse motivo, consegue absorver uma média de 80% das vendas das indústrias. Calculando as vendas relacionadas ao varejo e ao segmento de alimentação fora do lar, o crescimento foi de 4,3%.
De acordo com a pesquisa, os setores de óleos e gorduras (óleos vegetais, azeites, margarina e farelo de soja) se sobressaíram, registrando avanço de 12%, enquanto conservas de vegetais, frutas e sucos (extrato de tomate, milho, goiabada e suco de laranja, por exemplo) registraram 11,2%. Desidratados e supergelados (pratos prontos e semiprontos congelados) cresceram 5,3%, bebidas (água, refrigerantes, entre outros), 4,3%, e proteínas animais, 4,1%.
Quanto à receita, o aumento foi de 13,5% para óleos e gorduras, 12,8% em conservas de vegetais, frutas e sucos, 5,8% para bebidas, 5,6% para proteínas animais e 6,8% para desidratados e congelados.
Fonte: EXAME – 10 jun 2019
Considerado o segundo maior segmento em número de pequenos negócios, cerca de 416 mil, o varejo alimentar de autosserviço – minimercados representa 6% do PIB do País e responde por 35% das vendas do setor supermercadista. Esses pequenos negócios são caracterizados por possuírem até quatro caixas registradoras e faturamento anual de até R$ 4 milhões. São números que colocam esse segmento como um dos mais representativos da economia nacional, em virtude da representativa importância na geração de emprego e renda.
Fonte: BIBLIOTECA SEBRAE – pesquisa Minimercados Brasil
Mercado Consumidor
A Associação Paulista de Supermercados (APAS) divulgou recentemente a pesquisa “Tendências do consumidor em supermercados 18/19” e revelou um perfil de cliente que ainda prefere comprar nas lojas físicas do que online, além de buscar novas experiências. A pesquisa constatou que 22% dos entrevistados optam por mercadinhos de bairro e vizinhança quando o assunto são compras do dia a dia. Já a preferência por super e hipermercados está relacionada a preço, qualidade e variedade de produtos.
Para as compras de emergência, o mercadinho também é a preferência entre os consumidores: 50% dos entrevistados, no total. Desses, muitos são jovens mulheres entre 16 e 24 anos e de classes sociais mais baixas.
“A partir dos números da pesquisa, uma interpretação que podemos ter é que os mercadinhos são especialmente atrativos para aqueles que possuem uma mobilidade limitada. Mas há todo um público que esses estabelecimentos podem alcançar e que estão ignorando, e não estou nem falando sobre preços.
Fonte: Mercado e Consumo – https://www.mercadoeconsumo.com.br/2019/05/20/consumidor-ainda-prefere-mercadinhos-de-bairro/ – 2019
Mercado Concorrente
Mercadinhos ganham espaço e fazem frente a grandes redes
Número de estabelecimentos do tipo cresceu 62% em SP, apenas quatro anos; mercados se destacam por atendimento personalizado e agilidade.
Praticidade, agilidade e proximidade. Com essa trinca, os minimercados vêm ganhando espaço nas cidades brasileiras mesmo diante da concorrência das grandes redes. Nesses estabelecimentos, o proprietário costuma chamar os clientes pelo nome, avisa quando algum produto chega e pode até vender fiado. Somente no Estado de São Paulo, o número desses estabelecimentos – também conhecidos como mercadinhos de bairro – passou de 13,9 mil em 2014 para 22,6 mil em agosto de 2018. Um aumento de 62% em apenas quatro anos. Na Capital, atualmente, são 5,2 mil minimercados.
“Um pequeno mercado tem mais agilidade e capacidade de adaptação que as grandes redes, pois tem maior poder de decisão sobre seus rumos”, afirma o consultor do Sebrae-SP José Eduardo Carrilho. Para ele, por estar mais próximo das necessidades do cliente, o mercadinho é capaz de inovar e buscar soluções “personalizadas”.
Fonte: EXAME – https://exame.abril.com.br/pme/mercadinhos-ganham-espaco-e-fazem-frente-a-grandes-redes/ – 2018
Mercado Fornecedor
A relação com o mercado fornecedor também deve se basear na sustentabilidade. Podem-se priorizar fornecedores locais como organizações regionais e cooperativas para que a economia da região seja beneficiada com as atividades da empresa, uma prática socialmente justa. Da mesma forma, a preocupação com o meio ambiente também deve ser levada em consideração a partir da escolha por empresas, cujas políticas e diretrizes sociais e ambientais estejam alinhadas com as suas, não sendo somente informações para autovalorização da marca. A questão da sustentabilidade econômica também deve ser observada nas negociações com os fornecedores.
Fatores que devem ser analisados para a escolha de um fornecedor:
· Distância física;
· Referências;
· Custo do frete;
· Qualidade;
· Capacidade de fornecimento;
· Preço;
· Prazo;
· Forma de pagamento e de entrega.
Assim resumidamente podemos destacar as seguintes oportunidades e ameaças:
Oportunidades
· Resistência do mercado de vizinhança;
· Investimento em personalização;
· Relacionamento com os clientes;
· Diferenciação pelos serviços.
Ameaças
· Instabilidade econômica e política no país;
· Concorrência das grandes redes;
· Baixo potencial de barganha com fornecedores.
3 - Localização
A definição da localização de uma mercearia deve ser decidida considerando à quantidade de estabelecimentos de seu segmento na região pretendida, sempre focando no público alvo que queira atingir. O local deve oferecer infraestrutura necessária para sua instalação e ainda propiciar o seu crescimento, permitindo o acesso fácil para os clientes e ser um ponto de vendas atrativo. É fundamental que haja conhecimento prévio do potencial da região para se adequar às necessidades da mesma. A localização inadequada e a falta de variedade nos estoques são os principais riscos.
Pontos de atenção na escolha do imóvel onde a empresa será instalada:
A relação entre receitas e despesas estimadas precisa ser compatível com os objetivos definidos pelo empreendedor. É preciso estar atento ao custo do aluguel, prazo do contrato, reajustes e reformas a fazer.
Certifique-se de que o imóvel atende às necessidades operacionais quanto à localização, capacidade de instalação, serviços de água, luz, esgoto, telefone, transporte etc.
Verifique se existem facilidades de acesso, estacionamento e outras comodidades que possam tornar mais conveniente e menos onerosa a adaptação do imóvel.
Cuidado com imóveis situados em locais sujeitos a inundação ou próximos às zonas de risco. Consulte a vizinhança a respeito.
Confira a planta do imóvel aprovada pela Prefeitura, e veja se não houve nenhuma obra posterior, aumentando, modificando ou diminuindo a área, que deverá estar devidamente regularizada.
As atividades econômicas da maioria das cidades são regulamentadas pelo Plano Diretor Urbano (PDU), que determina o tipo de atividade que pode funcionar em determinado endereço. A consulta de local junto à Prefeitura deve atentar para:
· Se o imóvel está regularizado, ou seja, se possui HABITE-SE;
· Se as atividades a serem desenvolvidas no local respeitam a Lei de Zoneamento do Município, pois alguns tipos de negócios não são permitidos em qualquer bairro;
· Se os pagamentos do IPTU referente ao imóvel estão em dia;
· No caso de serem instaladas placas de identificação do estabelecimento, letreiros e outdoors, será necessário verificar o que determina a legislação local sobre o licenciamento das mesmas;
· Exigências da legislação local e do Corpo de Bombeiros Militar.
4 - Exigências Legais
Para abrir uma empresa, o empreendedor poderá ter seu registro de forma individual ou em um dos enquadramentos jurídicos de sociedade. Ele deverá avaliar as opções que melhor atendem suas expectativas e o perfil do negócio pretendido. Leia mais sobre este assunto no capítulo ‘Informações Fiscais e Tributárias’.
O contador, profissional legalmente habilitado para elaborar os atos constitutivos da empresa e conhecedor da legislação tributária, poderá auxiliar o empreendedor neste processo.
Para abertura e registro da empresa é necessário realizar os seguintes procedimentos:
– Registro na Junta Comercial;
– Registro na Secretaria da Receita Federal (CNPJ);
– Registro na prefeitura municipal, para obter o alvará de funcionamento;
– Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade Social – INSS/FGTS”;
– Registro no Corpo de Bombeiros Militar: órgão que verifica se a empresa atende as exigências mínimas de segurança e de proteção contra incêndio, para que seja concedido o “Habite-se” pela prefeitura.
Importante:
– Para a instalação do negócio é necessário realizar consulta prévia de endereço na Prefeitura Municipal/Administração Regional, sobre a Lei de Zoneamento.
– É necessário observar as regras de proteção ao consumidor, estabelecidas pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).
– A Lei 123/2006 (Estatuto da Micro e Pequena Empresa) e suas alterações estabelecem o tratamento diferenciado e simplificado para micro e pequenas empresas. Isso confere vantagens aos empreendedores, inclusive quanto à redução ou isenção das taxas de registros, licenças etc.
– Lei 13.874/2019, de 20 de setembro de 2019, que estabelece medidas de desburocratização e simplificação de processos para empresas e empreendedores, como: carteira profissional digital, abertura de bancos aos sábados, dispensa de alvará para atividades de baixo risco, a responsabilidade de pessoa jurídica e de pessoa física diante do negócio, entre outros.
– As leis, decretos, portarias, resoluções frequentemente sofrem revisões (atualizações), em virtude de novos acontecimentos ou pela necessidade de melhorar interpretações em relação ao seu conteúdo, função, abrangência ou penalidade. Portanto as leis citadas neste material estão atualizadas, mas a qualquer momento podem mudar. Para saber se estão utilizando a atual fiquem atentos as indicações de revisões, digitando as características da lei, exemplo: ‘Decreto-Lei nº. 986”, sem a data, em um site de busca e aparecerá nas 10 primeiras opções (links para acesso web), com as sugestões mais recentes.
5 - Estrutura
A vantagem de investir em uma mercearia é essa: você não precisa ter um espaço muito grande para começar a vender. Porém, é necessário que o local seja limpo, aconchegante e muito organizado.
Além disso, os produtos precisam estar bem expostos e precificados. Dessa forma a experiência dos consumidores dentro do comércio certamente será melhor.A estrutura mínima desejável para montar uma mercearia é de 70m². Neste espaço, poderão distribuídos os setores de atendimento, escritório, estoque e sanitário para funcionários.
A área de estocagem dos produtos deve conter prateleiras, gôndolas e freezer para alimentos acabados.
Um escritório deve ser disposto para a realização dos trabalhos administrativos e financeiros e também para realização de atendimento a clientes e fornecedores, contendo aparatos básicos para o apoio as atividades, como computador com internet, telefone, mobiliário de escritório.
A estrutura de um mercadinho deve haver repartições para a venda de vários produtos no geral, como higiene, mercearia, bebidas, limpeza, hortifruti e alimentação em geral.
6 - Pessoas
Não existe uma quantidade ideal de colaboradores. A força de trabalho é variável e dependerá do tamanho do empreendimento e do volume da demanda. Independentemente do número de colaboradores, esses deverão ser sempre atenciosos e primarem pelo bom atendimento.
Abaixo, estão listadas algumas dicas para aprimorar a qualidade do atendimento:
· Ter pleno conhecimento sobre o serviço/produto ofertado;
· Conhecer os clientes;
· Falar na linguagem do cliente;
· Atenção personalizada a cada cliente;
· Atender às necessidades de cada cliente.
7 - Equipamentos
Os principais equipamentos para o funcionamento de uma mercearia são:
- Gôndolas;
- Prateleiras;
- Balcão para atendimento geral;
- Freezer;
- Geladeiras;
- Balcão frigorífico;
- Balança digital;
- Máquina de calcular;
- Máquina ECF – Registradora Eletrônica;
- Veículo(s) para entrega, incluindo neste item pelo menos uma bicicleta de carga, podendo ser incrementado com uma motocicleta ou até mesmo um veículo utilitário;
- Microcomputador para controle de produtos e estoque;
- Alarme de segurança para o estabelecimento comercial;
- Telefone.
Observação: Antes de pensar nos equipamentos em geral, deve-se pensar na exposição dos produtos que podem ser feitos em gôndolas ou prateleiras. Assim, pode ser feita uma estrutura completa com planejamento, que evitará gastos a toa com equipamentos.
8 - Matéria Prima ou mercadorias
A gestão de estoques apresenta particularidades de acordo com o tipo do negócio – indústria, comércio ou prestação de serviço. De qualquer forma, deve-se buscar a eficiência nesta gestão, sendo que o estoque de mercadorias deve ser suficiente para o adequado funcionamento da empresa, mas mínimo, para reduzir o impacto no capital de giro.
Fique atento, pois a falta de mercadorias pode representar a perda de uma venda. Por outro lado, possuir mercadorias estocadas por muito tempo é deixar dinheiro parado. É essencial o bom desempenho na gestão de estoques, com foco no equilíbrio entre oferta e demanda.
Esse equilíbrio deve ser sistematicamente conferido, com base, entre outros, nestes três indicadores de desempenho:
1 – Giro dos Estoques: número de vezes que o capital investido em estoques é recuperado por meio das vendas. É medido em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado. Quanto maior for a frequência de entregas dos fornecedores, em menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice de rotação de estoques.
2 – Cobertura dos Estoques: indicação do período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento.
3 – Nível de Serviço ao Cliente: demonstra o número de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, no varejo de pronta entrega (segmento em que o cliente quer receber a mercadoria ou o serviço imediatamente após a escolha), pelo fato de não existir a mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com prontidão.
Montar o mix de produtos para sua mercearia pode ser a maior dificuldade, por ser um empreendimento pequeno e não necessitar de grandes quantidades igual a um supermercado. Faça pesquisas junto a supermercados e lojas de conveniência, tente descobrir quais são os fornecedores, veja quais os produtos comercializados por eles e anote os preços. Assim, o minimercado terá preços competitivos no mercado.
Uma mercearia deverá ter alimentos básicos, como arroz, feijão, sal, açúcar, macarrão, carnes, etc., alimentos supérfluos, como chocolates, balas, guloseimas em geral, produtos de higiene, como lâminas de barbear, shampoo, sabonete, papel higiênico, absorvente, desodorante, etc., produtos de limpeza e bebidas em geral.
9 - Processo Produtivo
É fundamental que o empreendedor trabalhe com um processo produtivo que atenda à demanda dos clientes e, acima de tudo, denote organização do ambiente, com visual agradável e de fácil localização dos itens comercializados. Para tanto o empreendedor deverá se ater a distribuição dos produtos que são comercializados por seções por tipo de produtos, de forma que haja uma harmonia nesta distribuição.
Importante ter em mente que o processo produtivo deverá contemplar todas as etapas, desde a identificação da necessidade da aquisição de itens de venda até o pós-venda ao consumidor. Como:
Análise do Estoque Existente: esse levantamento é feito por meio da realização de um inventário permanente, de forma que a empresa proceda à compra da quantidade ótima de mercadorias e material de expediente, evitando-se que a empresa incorra em despesas desnecessárias.
Compra de Mercadorias: o conceito de mercadoria deve ser entendido como os itens negociados pela empresa e que deverão estar catalogados e armazenados de forma organizada para facilitar que sejam encontrados facilmente, agilizando o atendimento ao cliente.
Recebimento Mercadorias: na recepção das mercadorias, deve-se proceder à conferência dos itens entregues, efetuando o cotejamento do pedido com a relação dos itens constantes da Nota Fiscal.
Catalogação e Armazenamento: os itens recebidos deverão ser catalogados e o registro ser anotado no sistema de controle de estoques, o qual será consultado pelos vendedores durante o atendimento aos clientes.
Acondicionamento: Após serem catalogados, deverão ser guardados nas gondolas ou prateleiras específicas para que sejam facilmente encontrados.
Atendimento ao Cliente: os atendentes devem estar postados em local onde possam ser facilmente vistos. O atendente tem de se mostrar prestativo, saber ouvir e interpretar a necessidade do cliente.
Entrega da Mercadoria Solicitada: Importante registrar a retirada da mercadoria, dando a baixa no estoque.
Recebimento do Pagamento: essa função será exercida pelo caixa. Ao receber a solicitação de venda, providenciará o meio de pagamento solicitado pelo cliente e que esteja disponível na mercearia (cartão, dinheiro ou cheque) e efetuar a impressão da nota fiscal para entrega ao cliente.
Entrega do Produto Adquirido: o setor de vendas, após o efetivo pagamento, entregará o produto solicitado cuidando para que esteja devidamente embalado e intacto, de forma a evitar reclamações futuras, que poderão comprometer a imagem da empresa.
10 - Automação
Investir em softwares para automatizar as empresas não é mais tendência, é uma necessidade. Antes de se decidir pelo sistema a ser utilizado, o empreendedor deve avaliar o preço cobrado, o serviço de manutenção, a conformidade em relação à legislação fiscal municipal e estadual, a facilidade de suporte e as atualizações oferecidas pelo fornecedor, verificando ainda se possui funcionalidades, tais como:
• Controle de mercadorias;
• Controle de taxa de serviço;
• Controle dos dados sobre faturamento/vendas, gestão de caixa e bancos (conta corrente) e estoque;
• Emissão de pedidos, notas fiscais, boletos bancários;
• Organização de compras e contas a pagar;
• Relatórios e gráficos gerenciais para análise real do faturamento da loja. A loja física como conhecemos hoje está mudando.
A tendência é a interação cada vez maior por meio de ambientes virtuais.
Já existe no mercado uma ampla seleção de softwares e plataformas digitais que ajudam o empresário com rastreabilidade, inspeção de qualidade, cálculos de produção, administração de vendas, monitoramento de funcionários e clientes, integração entre ambientes físicos e virtuais e resolver questões de logística.
Soluções em softwares específicos para o setor de comércio disponíveis na internet:
· Gestor Loja;
· Sistema Sage Start – sistema de gestão completa de lojas e ambientes comerciais.
11 - Canais de distribuição
Canais de distribuição são os meios pelos quais você entrega o seu produto até o cliente final. Em outras palavras, é como você faz com que seus produtos fiquem disponíveis para o consumidor final.
Os canais de distribuição estão diretamente envolvidos com a prestação de informações sobre o produto, customização, garantia de qualidade, oferta de produtos complementares, assistência técnica, pós-venda e logística. Em resumo, é tudo que possa garantir a disponibilidade do produto para o consumidor.
A empresa pode optar por distribuição via canal direto ou indireto. O canal de distribuição direto é quando a própria empresa é responsável pela entrega de seus produtos, sem que haja nenhum intermediário envolvido nesse processo.
Já no canal indireto a empresa repassa seus produtos a um intermediário responsável por entregar os produtos da indústria para o consumidor. O intermediário pode ser um varejista, atacadista, distribuidor ou qualquer outro envolvido no processo de distribuição de produtos.
O principal canal de distribuição de uma mercearia é de venda direta, no qual o cliente vai à loja para fazer suas compras. Porém cresce o número de clientes que fazem pedidos por telefone ou internet, para entrega em domicilio. Há também clientes que escolhem os produtos na mercearia e solicitam a entrega em domicílio.
12 - Investimentos
O valor a ser investido num novo negócio envolve um conjunto de fatores, identificados ao longo do processo de instalação do empreendimento. O investimento para o início das atividades varia de acordo com o porte do empreendimento e os produtos e serviços que serão oferecidos.
Uma mercearia estabelecida em uma área de 70 m² exige um investimento inicial estimado de R$ 62 mil reais, a ser alocado nos seguintes itens:
1 – Investimentos Fixos
1.1 – Máquinas e Equipamentos
Item | Valor Unitário |
Balcão, freezer, geladeira, balança, etc. | R$ 10.000,00 |
1.2 – Equipamentos de Informática
Item | Valor Unitário |
Telefone, Computador e Impressora | R$ 3.000,00 |
1.3 – Móveis e Utensílios
Item | Valor Unitário |
Gôndolas, prateleiras, expositores, etc. | R$ 10.000,00 |
Mobiliário do Escritório | R$ 2.000,00 |
2 – Investimentos Pré-Operacionais
Item | Valor Unitário |
Reformas | R$ 15.000,00 |
Registro da empresa | R$ 2.000,00 |
3 – Investimentos Financeiros
Item | Valor Unitário | |
Capital de giro (2 meses de custeio fixo) | R$ 8.000,00 | |
Formação Estoque Inicial (2 meses) | R$ 12.000,00 | |
Investimento total (1+2+3) | R$ 62.000,00 |
Previsão de Faturamento
Faturamento mensal | R$ 65.000,00 |
* os itens descritos nas tabelas são exemplos que devem ser considerados, porém existem outros que devem ser também detalhados, para o seu negócio.
**Acesse http://simulador.ms.sebrae.com.br e veja exemplos de pesquisas estimando valores e faça a sua simulação.
***Os custos dos itens descritos na tabela são meras estimativas, pois estes dependem de tamanho do negócio, fornecedores, regiões do país, etc.
Antes de montar sua empresa, é fundamental que o empreendedor elabore um Plano de Negócios, onde os valores necessários à estruturação da empresa podem ser mais detalhados, em função: regionalidade, dificuldades financeiras, objetivos estabelecidos de retorno e alcance de mercado. O capital de giro necessário para os primeiros meses de funcionamento do negócio também deve ser considerado neste planejamento.
Nessa etapa, é indicado que o empreendedor procure o Sebrae para consultoria adequada ao seu negócio, levando em conta suas particularidades. O empreendedor também poderá basear-se nas orientações propostas por metodologias de modelagem de negócios, em que é possível analisar o mercado no qual estará inserido, mapeando o segmento de clientes, os atores com quem se relacionará, as atividades chave, as parcerias necessárias, sua estrutura de custos e fontes de receita.
13 - Capital de Giro
Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de caixa.
Item | Quantidade | Valor Unitário |
Reserva de Caixa | 1 | R$ 20.000,00 |
* Esta é meramente uma estimativa de valor, o seu capital de giro deve variar entre 20 e 30% do valor do investimento para operação. No exemplo temos um Investimento estimado (tópico anterior) de R$ 62.000,00. Assim uma reserva (capital de giro e estoque inicial) de R$ 20.000,00
Quanto maior o prazo concedido aos clientes para pagamento e quanto maior o prazo de estocagem, maior será a necessidade de capital de giro do negócio. Portanto, manter estoques mínimos regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode amenizar a necessidade de imobilização de dinheiro em caixa. Prazos médios recebidos de fornecedores também devem ser considerados nesse cálculo: quanto maiores os prazos, menor será a necessidade de capital de giro.
O empreendedor deverá ter um controle orçamentário rígido, de forma a não consumir recursos sem previsão, inclusive valores além do pró-labore. No início, todo o recurso que entrar na empresa nela deverá permanecer, possibilitando o crescimento e a expansão do negócio. O ideal é preservar recursos próprios para capital de giro e deixar financiamentos (se houver) para máquinas e equipamentos.
Sempre será muito útil que se tenha certo montante de recursos financeiros reservados para que o negócio possa fluir sem sobressaltos, especialmente no início do projeto. No entanto, ter esse recurso disponível não é suficiente porquanto ser premissa sua boa gestão, ou seja, somente deverá ser utilizado para honrar compromissos imediatos ou lidar com problemas de última hora.
14 - Custos
Os custos dentro de um negócio são empregados tanto na elaboração dos serviços ou produtos quanto na manutenção do pleno funcionamento da empresa. Entre essas despesas, estão o que chamamos de custos fixos e custos variáveis.
Custos Variáveis
São aqueles que variam diretamente com a quantidade produzida ou vendida, na mesma proporção.
Custos de Materiais
Item | Quantidade | Valor Unitário |
Matéria-Prima ou mercadoria | 40 | R$ 12.000,00 |
Custos dos Impostos
Item | % | Valor Unitário |
Simples | 9 % do faturamento bruto (R$ 65.000,00) | R$ 5.850,00 |
Custos com Vendas
Item | % | Valor Unitário |
Propaganda | 1 % do faturamento bruto (R$ 65.000,00) | R$ 650,00 |
Custos Fixos
São os gastos que permanecem constantes, independente de aumentos ou diminuições na quantidade produzida e vendida. Os custos fixos fazem parte da estrutura do negócio.
Salários e Encargos
Função | Quantidade | Salário Unitário |
Salários, comissões e encargos. | 3 | R$ 9.000,00 |
Depreciação
Ativos fixos | Valor total | Vida Útil (anos) | Depreciação |
Maquinas e equipamentos | R$ 10.000,00 | 10 | R$ 83,00 |
Equipamentos informática | R$ 3.000,00 | 5 | R$ 50,00 |
Móveis e utensílios | R$ 12.000,00 | 5 | R$ 200,00 |
Despesas Fixas e Administrativas
Item | Valor Unitário |
Aluguel, condomínio e segurança | R$ 3.500,00 |
Agua, luz, telefone e internet | R$ 1.000,00 |
Material de limpeza, higiene e escritório | R$ 800,00 |
Assessoria contábil | R$ 980,00 |
15 - Diversificação ou Agregação de Valor
Agregar valor significa oferecer produtos e serviços complementares ao produto principal, diferenciando-se da concorrência e atraindo o público-alvo. Não basta possuir algo que os produtos concorrentes não oferecem. É necessário que esse algo mais seja reconhecido pelo cliente como uma vantagem competitiva e aumente o seu nível de satisfação com o produto ou serviço prestado.
As pesquisas quantitativas e qualitativas podem ajudar na identificação de benefícios de valor agregado. No caso de uma mercearia, há várias oportunidades de diferenciação, tais como:
· Entrega de produtos em domicílio;
· Preços competitivos;
· Diversidade no mix de produtos;
· Organização;
· Qualidade no atendimento.
Se possível, instale um “Encantômetro”, onde o cliente é convidado a registrar sua percepção do atendimento. Além de medir a satisfação dos clientes, sinaliza para todos como está a satisfação geral.
Fonte: Survey Monkey – https://pt.surveymonkey.com/r/9MMW8S6
16 - Divulgação
A propaganda é um importante instrumento para tornar a empresa e seus serviços conhecidos pelos clientes potenciais. A divulgação pode ser realizada através de vários canais de comunicação. Abaixo, sugerem-se algumas ações eficientes:
• Divulgar em redes sociais, tais como; Facebook, Linkedin, Instagram, Google+, Twitter.
• Divulgar através de e-mail marketing e mensagens de WhatsApp;
• Confeccionar folders e flyers para a distribuição em residências nos bairros próximos a loja;
• Oferecer brindes para clientes que indicam outros clientes;
• Anunciar em jornais de bairro e revistas.
17 - Tributação
Optantes do Simples Nacional
Este segmento de empresa poderá optar pelo Simples Nacional – Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições, instituído pela Lei Complementar nº 123/2006. Os pequenos negócios podem optar pelo Simples, desde que sua categoria esteja contemplada no regime, a receita bruta anual de sua atividade não ultrapasse R$ 360 mil para microempresa e R$ 4,8 milhões para empresa de pequeno porte e sejam respeitados os demais requisitos previstos na Lei.
Nesse regime, o empreendedor de ME e EPP poderá recolher os seguintes tributos e contribuições, por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional (http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional):
• IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica);
• CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido);
• PIS (Programa de Integração Social);
• COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social);
• CPP (Contribuição Previdenciária Patronal);
• ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): para empresas do comércio
• ISS (Imposto Sobre Serviços): para empresas que empresas que prestam serviços;
• IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): para indústrias.
Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do Simples Nacional variam de acordo com as tabelas I a VI, dependendo das atividades exercidas e da receita bruta auferida pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo Simples Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês de atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao número de meses de atividade no período. Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esse imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. a esfera Federal poderá ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS.
Se a receita bruta anual não ultrapassar R$ 81 mil, o empreendedor poderá optar pelo registro como Microempreendedor Individual (MEI), desde que ele não seja dono ou sócio de outra empresa e tenha até um funcionário. Para se enquadrar no MEI, sua atividade deve constar na tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 – Anexo XIII (http://www.portaldoempreendedor.gov.br/legislacao/resolucoes/arquivos/ANEXO_XIII.pdf)
Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuições serão efetuados em valores fixos mensais conforme abaixo:
I) Sem empregado
• 5% do salário mínimo vigente – a título de contribuição previdenciária
• R$ 1 de ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias (para empresas de comércio e indústria)
• R$ 5 de ISS – Imposto sobre Serviços (para empresas de prestadoras de serviços)
II) Com um empregado (o MEI poderá ter um empregado, desde que ele receba o salário mínimo ou piso da categoria)
O empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores acima, os seguintes percentuais:
• Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração;
• Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado.
Recomendamos que o empreendedor consulte sempre um contador, para que ele o oriente sobre o enquadramento jurídico e o regime de tributação mais adequado ao seu caso.
18 - Eventos
Fispal Food Service. http://www.fispal.com
APAS – Congresso de Gestão de Feira Internacional de Negócios em Supermercados: http://www.feiraapas.com.br
Super Rio Expofood : http://www.superrio.com.br
Superminas: http://www.superminas.org.br
19 - Entidades em geral
ABAD – Associação brasileira dos Atacadistas e Distribuidores: http://www.abad.com.br
ABRAS – Associação Brasileira de Supermercados: http://www.abrasnet.com.br
AMIS – Associação Mineira de Supermercados: http://www.portalamis.org.br
20 - Normas Técnicas
A Norma técnica é resultado de um processo de consenso determinado por uma entidade de referência, a partir de estudos e avaliações em que todas as partes interessadas participam e contribuem para o estabelecimento de medidas que garantam a segurança e correção de procedimentos, de forma que os melhores benefícios sejam destinados à comunidade. As normas técnicas são documentos de uso voluntário, utilizados como importantes referências para o mercado. Elas podem estabelecer requisitos de qualidade, de desempenho, de segurança (seja no fornecimento de algo, no seu uso ou mesmo na sua destinação final), mas também determinam procedimentos, padronizam formas, dimensões, tipos, usos, fixam classificações ou terminologias e glossários, definindo a melhor forma de medir ou determinar características, como os métodos de ensaio, por exemplo. As normas técnicas são publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Trabalhar de forma segura é a melhor maneira de se evitar prejuízos ao colaborador e à própria empresa. Para tanto, todos devem estar atento às condições do ambiente de trabalho. Algumas dicas de segurança estão listadas a seguir:
- Atenção ao seu entorno – objetos deixados fora do lugar, quinas, fendas, grades, fios, entre outras coisas, podem ser foco de acidentes caso o profissional não esteja atento. Dessa forma, antes de iniciar um trabalho, esteja atento a potenciais fontes de acidentes no entorno de seu ambiente de trabalho.
- Postura Corporal – quando o colaborador for utilizar qualquer equipamento, deve observar atentamente as normas de ergonomia recomendadas, buscando realizar o trabalho com uma postura confortável para evitar problemas crônicos.
- Intervalos Periódicos – o esforço repetitivo é uma fonte de problemas para o corpo, prejudicando o desempenho do colaborador.
- Uso adequado de máquinas e ferramentas – deve-se evitar a improvisação na utilização de equipamentos. Por exemplo, a busca por uma peça que esteja no alto de uma prateleira deve ser realizada utilizando-se de uma escada adequada para alcançá-la, evitando-se subir em cadeiras giratórias que podem causar desequilíbrio, levando a pessoa ao chão.
- Comunicação Constante e Rápida – na ocorrência de situações extraordinárias, o responsável pela segurança da loja deve ser comunicado imediatamente. As normas de segurança devem ser sempre divulgadas para que todos saibam como agir nos casos de emergência, bem como para trabalharem de forma segura, minimizando o risco de acidentes.
- Atenção e Seriedade no Trabalho – importante que todos estejam focados no trabalho, evitando acidentes em razão da falta de atenção.
- Saídas de emergência sempre livres – sem bloqueios nas saídas, a movimentação é facilitada para as equipes de socorro em casos de evacuação de locais comprometidos. Nunca obstruir o acesso a extintores e mangueiras.
Importante: não é necessário que o empregado faça parte da brigada anti-incêndio para saber operar um extintor, até porque não basta apenas saber operá-lo. Contudo, é importante ter ciência de que há um tipo adequado para cada situação. Conhecer um pouco de como fazer os primeiros socorros básicos também é importante.
21 - Glossário
Auditoria de PDV: Avalia um ou mais itens dentro de um ponto de venda (qualidade do Atendimento, exposição de produtos, sortimento, sinalização, etc.).
Autosserviço: Sistema de vendas no qual o consumidor tem acesso direto ao produto, sem assistência de um vendedor
Cadeia de Abastecimento: (Supply chain) conjunto de organizações que se interrelacionam, criando valor na forma de produtos e serviços, desde os fornecedores de matéria prima até o consumidor final.
Código de Barras: Código internacional de identificação de produto. Contém informações sobre o país onde o produto é produzido, empresa fabricante e tipo de produto.
Cupom: Peça distribuída aos consumidores, oferecendo vantagens (descontos, sorteios, brindes e outros) na aquisição de determinado produto.
Display: Qualquer elemento destinado a promover, apresentar, expor, demonstrar e ajudar a vender o produto ou serviço, podendo ser colocado diretamente no solo, vitrine, balcão e gôndola.
Fluxo de Loja: É o caminho percorrido pelo consumidor dentro da loja.
Gôndolas: estante ou conjunto de prateleiras em supermercado;
Validade do Produto: tempo que um produto é considerado seguro para consumo.
22 - Dicas para o negócio
Atraia o seu público no início pelo preço, diminua a margem de lucros no começo para fidelizar e encantar seus clientes.
Faça ações promocionais com produtos de uso comum e de muita saída.
Invista em ações de sorteios e brindes, faça parcerias com outras empresas, isso também chama atenção do público e atrai novos clientes.
Invista no atendimento de qualidade, contrate funcionários prestativos e atenciosos.
Invista em uma equipe para limpeza, deixe o minimercado sempre limpo, afinal, está lidando com alimentos, e precisa de muita higiene. Esse é um fator que conquista o público!
23 - Características do Empreendedor
Neste segmento, o tino comercial é imprescindível ao empreendedor, devendo ser ágil e eficiente no atendimento aos clientes, sempre buscando os sinais do mercado que indiquem as tendências para o setor, identificando-os para poder adaptá-los a sua oferta – de forma que os produtos e soluções estejam sempre à altura das necessidades clientes. Outras características importantes, relacionadas ao risco do negócio, que podem ajudar no sucesso do empreendimento estão relacionadas abaixo:
- Busca constante de informações e oportunidades.
- Iniciativa.
- Disposição para correr riscos.
- Persistência.
- Comprometimento.
- Qualidade e eficiência.
- Capacidade de estabelecer metas e calcular riscos.
- Planejamento e monitoramento sistemáticos.
- Independência e autoconfiança.
- Liderança.
24 - Bibliografia Complementar
ABREU ES, TORRES EAFS. Restaurante “por quilo”: vale o quanto pesa? Uma avaliação do padrão alimentar em restaurantes de São Paulo, SP. Nutrire. 2003;25:7-22.
AVELAR AE, REZENDE DC. Hábitos alimentares fora do lar: um estudo de caso em Lavras – MG. Organ Rurais Agroind. 2013;15(1):137-52.
BEZERRA IN, SOUZA AM, PEREIRA RA, SICHIERI R. Contribution of foods consumed away from home to energy intake in Brazilian urban areas: the 2008-9 Nationwide Dietary Survey. Br J Nutr. 2013;109(7):1276-83. https://doi.org/10.1017/S0007114512003169
DEFANTE, L.R.; BARBOZA, M.M.; SAUER, L.; LIMA-FILHO, D.E.R. Influência da higiene na escolha de restaurantes comerciais pelos consumidores. Revista Brasileira de Administração Científica, v. 3, n. 3, p. 56-69, 2012.
25 - Fonte de recursos
Provido de recursos federais, os recursos geridos pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) destinam-se ao financiamento de investimentos de longo prazo e, de forma complementar, capital de giro ou custeio. A contratação e a liberação dos recursos são feitas mediante diversos bancos comerciais, bancos de investimento e bancos múltiplos. Como exemplos de instituições repassadoras, citam-se: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bancos estaduais, Bancos de desenvolvimento regionais, Banco Santander, Bradesco, Itaú, entre outros.
Dentre os principais programas de financiamento disponíveis à maioria dos empreendimentos, destacam-se:
– BNDES Finame: financiamento para produção e aquisição de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional;
– BNDES Automático: financiamento a projetos gerais de investimento (equipamentos, obras civis, capital de giro etc.);
– BNDES: Investimentos: Aporte maior que o automático, faz financiamento a projetos gerais de investimento (equipamentos, obras civis, capital de giro etc.),
– BNDES: Inovação financiamento a projetos inovadores (equipamentos, obras civis, capital de giro etc.),
Para mais informações, consultar o site do BNDES.
O empreendedor pode buscar junto às agências de fomento linhas de crédito que possam ser utilizadas para ajudá-lo no início do negócio. Algumas instituições financeiras também possuem linhas de crédito voltadas para o pequeno negócio e que são lastreadas pelo Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), em que o Sebrae pode ser avalista complementar de financiamentos para pequenos negócios, desde que atendidas alguns requisitos preliminares.
Maiores informações podem ser obtidas na página do Sebrae na web:
26 - Planejamento Financeiro
Ao empreendedor não basta vocação e força de vontade para que o negócio seja um sucesso.
Independentemente do segmento ou tamanho da empresa, necessário que haja um controle financeiro adequado que permita a mitigação de riscos de insolvência em razão do descasamento contínuo de entradas e saídas de recursos. Abaixo, estão listadas algumas sugestões que auxiliarão na gestão financeira do negócio:
Fluxo de Caixa
O controle ideal sobre as despesas da empresa é realizado por meio do acompanhamento contínuo da entrada e da saída de dinheiro através do fluxo de caixa. Esse controle permite ao empreendedor visão ampla da situação financeira do negócio, facilitando a contabilização dos ganhos e gestão da movimentação financeira.
À medida que a empresa for crescendo, dificultando o controle manual do fluxo de caixa, tornando difícil o acompanhamento de todas as movimentações financeiras, o empreendedor poderá investir na aquisição de softwares de gerenciamento.
Princípio da Entidade
O patrimônio da empresa não se mistura com o de seu proprietário. Portanto, jamais se deve confundir a conta pessoal com a conta empresarial, isso seria uma falha de gestão gravíssima que pode levar o negócio à bancarrota. Ao não separar as duas contas, a lucratividade do negócio tende a não ser atingida, sendo ainda mais difícil reinvestir os recursos, gerados pela própria operação. É o caminho certo para o fracasso empresarial.
Despesas
O empreendedor deve estar sempre atento para as despesas de rotina como água, luz, material de escritório, internet, produtos de limpeza e manutenção de equipamentos. Embora pequenas, o seu controle é essencial para que não reduzam a lucratividade do negócio.
Reservas/Provisões
Esse recurso funcionará como um fundo de reserva, o qual será composto por um percentual do lucro mensal – sempre que for auferido. Para o fundo de reserva em questão, poderá ser estabelecido um teto máximo. Quando atingido, não haverá necessidade de novas alocações de recursos, voltando a fazê-las apenas no caso de recomposição da reserva utilizada. Esse recurso provisionado poderá ser usado para cobrir eventuais desembolsos que ocorram ao longo do ano.
Empréstimos
Poderão ocorrer situações em que o empresário necessitará de recursos para alavancar os negócios. No entanto, não deverá optar pela primeira proposta, mas estar atento ao que o mercado oferece, pesquisando todas as opções disponíveis. Deve te cuidado especialmente com as condições de pagamento, juros e taxas de administração. A palavra-chave é renegociação, de forma a evitar maior incidência de juros.
Objetivos
Definidos os objetivos, deve-se elaborar e implementar os planos de ação, visando amenizar erros ou definir ajustes que facilitem a consecução dos objetivos financeiros estabelecidos.
Utilização de Softwares
As novas tecnologias são de grande valia para a realização das atividades de gerenciamento, pois possibilitam um controle rápido e eficaz. O empreendedor poderá consultar no mercado as mais variadas ferramentas e escolher a que mais adequada for a suas necessidades.
27 - Produtos e serviços do Sebrae
Aproveite as ferramentas de gestão e conhecimento criadas para ajudar a impulsionar o seu negócio. Para consultar a programação disponível em seu estado, entre em contato pelo telefone 0800 570 0800.
Confira as principais opções de orientação empresarial e capacitações oferecidas pelo Sebrae:
Cursos online e gratuitos: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/cursosonline
Para desenvolver o comportamento empreendedor
Empretec: Metodologia da Organização das Nações Unidas (ONU) que proporciona o amadurecimento de características empreendedoras, aumentando a competitividade e as chances de permanência no mercado: http://goo.gl/SD5GQ9
Para quem quer começar o próprio negócio
As soluções abaixo são uteis para quem quer iniciar um negócio. Pessoas que não possuem negócio próprio, mas que querem estruturar uma empresa. Ou pessoas que tem experiência em trabalhar por conta própria e querem se formalizar.
Plano de Negócios: O plano irá orientá-lo na busca de informações detalhadas sobre o ramo, os produtos e os serviços a serem oferecidos, além de clientes, concorrentes, fornecedores e pontos fortes e fracos, construindo a viabilidade da ideia e na gestão da empresa: http://goo.gl/odLojT .
Para quem quer inovar
Ferramenta Canvas online e gratuita: A metodologia Canvas ajuda o empreendedor a identificar como pode se diferenciar e inovar no mercado: https://www.sebraecanvas.com/#/
Sebraetec: O Programa Sebraetec oferece serviços especializados e customizados para implantar soluções em sete áreas de inovação: http://goo.gl/kO3Wiy
ALI: O Programa Agentes Locais de Inovação (ALI) é um acordo de cooperação técnica com o CNPq, com o objetivo de promover a prática continuada de ações de inovação nas empresas de pequeno porte: http://goo.gl/3kMRUh
Para quem busca informações
Informações mercadológicas e sobre negócios são imprescindíveis na tomada de decisão, Nos sites abaixo encontrarão muitas respostas.
https://sebraeinteligenciasetorial.com.br/
http://sebraemercados.com.br/sim/
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