Com mais tempo dentro de casa devido a pandemia de Covid-19, muitas pessoas têm visto seu consumo de água e energia aumentarem. Além disso, muitos já começam a dar mais atenção aos seus gastos e procurar formas de reduzi-los. Mas, como ler corretamente a conta de energia e identificar os gargalos que estão levando o dinheiro embora?
De maneira geral, o sistema nacional de energia é subdividido em três partes e, cada uma delas, contribui para a formação da tarifa paga mensalmente pelo consumidor. Em primeiro lugar está a etapa de geração de energia, seguido por transmissão de energia para as cidades e distribuição nas unidades consumidoras, como as residências, por exemplo.
O valor de cada uma dessas etapas é estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e calculado de acordo com o consumo para, então, ser repassado às concessionárias que produzem energia. Dessa forma, fica claro que o consumidor paga pela compra da energia, pela transmissão e pela distribuição, além de encargos setoriais e tributos. Tudo isso está detalhado na conta.
O que são as bandeiras tarifárias nas contas de energia?
Desde 2015 as contas de energia elétrica contam com o Sistema de Bandeiras Tarifárias: verde, amarela e vermelha (esta última dividida em duas condições) e indicam se haverá ou não acréscimo no valor da energia a ser repassada ao consumidor final, em função das condições de geração de eletricidade. Veja as características:
Bandeira verde: Reflete um momento de condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo;
Bandeira amarela: Revela condições de geração menos favoráveis, e a tarifa sofre um acréscimo de R$ 0,01343 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos;
Bandeira vermelha: No Patamar 1, essa bandeira destaca que há condições custosas para geração de energia. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,04169 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
Bandeira vermelha: No Patamar 2, a bandeira vermelha mostra que há condições ainda mais custosas para geração de eletricidade. Neste caso, a tarifa sofre um acréscimo de R$ 0,06243 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
Empréstimo na conta de luz?
Quem precisa de crédito financeiro, mas não possui acesso a instituições bancárias, pode usar a energia elétrica como forma de colocar as finança em dia ou tirar algum projeto do papel. Existente no mercado desde 2019, a possibilidade de fazer um empréstimo com débito em conta de consumo visa atender os brasileiro de baixa renda.
Nessa modalidade, as parcelas do empréstimo serão pagas mensalmente por meio da conta de luz, ou seja, a parcela do empréstimo é somada ao consumo de energia da residência. Vale destacar, ainda, que esta forma de obtenção de crédito é limitada a duas vezes o valor médio da conta de energia, o que ajuda a minimizar a possibilidade de inadimplência.