Antes de entrar no estágio atual da indústria de embalagens, é preciso ter uma breve compreensão do que aconteceu antes disso.
O mercado brasileiro de embalagens cresceu em média 6,2% entre 2011 e 2016.
Em 2013, as embalagens plásticas e de aço foram as mais exportadas, com vendas de US$ 268 milhões e US$ 183 milhões, respectivamente. Os dois juntos respondem por 70% do total das exportações.
Com vendas de US$ 35 bilhões (1,5% do PIB) em 2014, o Brasil é a sétima maior economia do mundo em PIB nominal.
Em 2016, as vendas em 2016 foram de US$ 34 bilhões, deixando o Canadá para trás e no mesmo nível da França.
Esses números fazem do mercado brasileiro de embalagens o quinto maior do mundo!
O crescimento contínuo do mercado não é um fenômeno único. O mercado global de embalagens está crescendo devido a uma combinação de fatores como o aumento da urbanização, investimentos no setor de construção e expansão no setor de saúde.
No estudo “Brasil PackTrends 2020” (concluído há oito anos), o Instituto de Tecnologia de
Food (ITAL) identificou cinco tendências gerais na indústria de embalagens:
1) Conveniência e simplicidade,
2) Estética e identidade;
3) Qualidade e nova tecnologia,
4) Sustentabilidade e ética, e
5) Segurança e Assuntos Regulatórios.
Bem, essas cinco tendências foram comprovadas ao longo dos anos e ainda estão fortes.
A indústria de embalagens cresceu 1,1% ao ano entre 2014 e 2018.
Em 2019, a produção do setor aumentou 2,3% em relação a 2018, para quase 2 milhões de toneladas. O consumo aparente em 2019 também cresceu 0,6% em relação ao ano anterior.
Um estudo da Maxiquim para a ABIEF (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis) mostrou que a indústria brasileira de embalagens plásticas flexíveis teve um desempenho relativamente positivo em 2019.
Em 2019, a balança comercial do setor registrou um incrível aumento de 27% nos volumes de exportação para 130.000 toneladas. As receitas de exportação também aumentaram 7%, para US$ 237 milhões. Já as importações caíram 8% neste ano.
Ainda de acordo com o estudo, os principais mercados de embalagens plásticas flexíveis são: alimentos, aplicações industriais, seguidos de descartáveis; bebidas; higiene e limpeza; agricultura; pet food; construção etc.
Segundo a Associação Brasileira de Embalagens (ABRE), a indústria de embalagens ainda deve crescer 1,6% até 2024.
A diretora executiva da ABRE, Luciana Pellegrino, apresentou os dados para o setor de embalagens, explicando que o crescimento esperado é baseado em um mercado sustentado pela inovação.
“Em se tratando de alimentos, a sociedade busca cada vez mais produtos parciais, o que tem estimulado bastante a indústria de embalagens. Outro ato de capitalização do setor é o aumento da demanda por produtos de nicho, como sem glúten, sem lactose, com baixo teor de açúcar . São segmentos menores, mas estão crescendo e gerando volumes significativos”, informou.
A indústria de embalagens é muito influenciada pela atividade econômica do país, principalmente pelo crescimento e/ou desaceleração da indústria, ou seja, pelo poder do consumidor brasileiro.
Pellegrino também disse que os movimentos do mercado estão mudando. A indústria já entende as tendências e se adapta à demanda. “O que nos traz aqui não é o que nos traz para o futuro.”
O setor de embalagens diante da crise de 2020 e no pós-pandemia
Um estudo da Condere fornece uma análise de raios-X do mercado global de embalagens, segmentado por tipo de material. O documento mostra as megatendências do mercado global e como a indústria de embalagens pode acompanhá-las.
O novo coronavírus (COVID-19) causou interrupções em várias economias ao redor do mundo e terá impactos severos em todos os setores a longo prazo. Produtos constituidos de materias primas plásticas como o filme plastico para embalar mala, material feito com PEBD subiu cerca de 100% devido a escassez de materia prima e consequente inflação dos preços devido a crise proporcionada pela COVID.
No entanto, espera-se que vários setores, incluindo embalagens, alimentos e bebidas, telecomunicações e mídia, serviços públicos e farmacêuticos, tenham um impacto leve ou moderado, desde que sejam classificados como essenciais em quase todos os principais países .
Globalmente, os fabricantes enfrentam desafios únicos devido à pandemia, e os produtores de embalagens não são exceção.
A pandemia afetará a demanda e a dinâmica operacional, e as opções de planejamento de contingência dos fabricantes estarão em alta demanda.
A pandemia causou uma mudança na propensão dos consumidores a buscar novos canais de compras, como evidenciado pelo forte crescimento nas remessas de comércio eletrônico e serviços de entrega remota.
Globalmente, os consumidores estão aumentando seus gastos em lojas online e espera-se que os consumidores enfrentem intensa pressão sobre os padrões de higiene e segurança.
Além disso, os consumidores estão se tornando mais sensíveis aos preços. Isso levará a uma grande mudança na obtenção de escala para sobreviver em um mercado competitivo. Com a inflação dos preços consumidores do filme para mala que sitamos sofrem as consequencias e sentem a crise no bolso.
Os principais desafios da indústria de embalagens no futuro:
- Gestão de Crise: A demanda oscila muito, sempre privilegiando projetos que abordem questões de saúde e segurança.
- Trabalhadores e força de trabalho: a incapacidade de trabalhar remotamente exige que os fabricantes revisem seus processos existentes para ajustar a força de trabalho.
- Operações e Cadeia de Suprimentos: As condições incertas enfraqueceram as cadeias de suprimentos, de modo que algumas empresas passarão por muitas adversidades com seus fornecedores.
- Finanças e liquidez: As crescentes preocupações com o impacto econômico da crise levantaram problemas de reestruturação, recuperabilidade e liquidez.
- Estratégia e branding: Empresas com balanços mais fortes são mais propensas a realizar ações estratégicas, levando à consolidação do mercado e dificultando a sobrevivência de pequenas empresas sem uma mentalidade estratégica.
“A cadeia produtiva de embalagens do Brasil, mesmo afetada pela retração econômica, não tem perspectivas de novos investimentos em expansão de capacidade, mas deve se beneficiar de uma recuperação gradual da produção industrial e das exportações, com impacto positivo em toda a cadeia produtiva. até agora, os pequenos produtores foram afetados pelo forte impacto da crise”.
Esta é uma das conclusões de um estudo realizado pela multinacional finlandesa de consultoria e serviços de engenharia Pöyry.
Manoel Neves, gerente de pesquisa econômica da Pöyry, disse que, embora a indústria de embalagens tenha sido uma das mais atingidas pela crise econômica, será a primeira a se recuperar, pois costuma responder mais rápido.
Em outras palavras a indústria de embalagens prosperará não se deve esquecer que essa indústria é a base do desenvolvimento econômico e social do país, contribuindo para a geração de empregos e desenvolvimento tecnológico.
A indústria de embalagens está pronta para um grande sucesso, desde que leve em conta as principais lições que a última crise nos ensinou:
- Adaptar-se à transformação digital;
- Foco em segurança e relacionamentos
- Planejamento e resiliência para o sucesso.
Referências:
Wkipedia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_de_embalagens_no_Brasil#cite_note-:0-1
Abief – http://www.abief.org.b/
Fiesp – https://www.fiesp.com.br/noticias/setor-de-embalagens-deve-crescer-ainda-mais-ate-2024-de-acordo-com-termometro-do-mercado/
Abre – https://www.abre.org.br/
Reembalar – https://reembalar.com.br/informacoes/filme-para-mala/