Muito tem se avançado nos estudos das causas, evolução, diagnóstico e tratamento de pessoas dentro do TEA – Transtorno do Espectro Autista e, por ser a infância uma fase crucial, as pesquisas vão em busca de intervenções a serem aplicadas ao âmbito escolar para o acompanhamento e tratamento dessas crianças. ABA surge, então, como a ciência que ajuda no desenvolvimento de crianças com autismo em seus diferentes níveis.
Inserção da ABA na escola
No período escolar, a ABA – ciência que se baseia na Análise do Comportamento (AC) – auxilia em diferentes frentes do desenvolvimento, como:
- Aprendizado de comportamentos e interações novas;
- Habilidades para autorregulação da pessoa autista;
- Início ou aumento de interação e comunicação social.
Para início das intervenções, primeiramente, é possível analisar o comportamento do indivíduo e entender a forma e os motivos porque os comportamentos ocorrem, bem como de que modo o ambiente escolar, familiar e social se relacionam com esses padrões de comportamento.
Por meio desse diagnóstico são criadas estratégias dentro do contexto da ABA, que consideram e respeitam a singularidade de cada pessoa, o que tem relação direta com a eficácia dos resultados no desenvolvimento.
Desenvolvimento e aplicação da ABA
É necessária continuidade no desenvolvimento das pessoas que estão no espectro autista e, para isso, são recomendadas intervenções de 20 a 40 horas por semana para além das que estão relacionadas à ABA.
As intervenções podem ser diretas ou indiretas, mas a criança precisa interagir e ser exposta aos estímulos, tanto as atípicas quanto as neurotípicas. Portanto, devem ocorrer na escola, no lar, e em todos os outros contextos sociais.
Levando em consideração o tempo em que a criança passa no ambiente escolar, a ABA na escola tende a estimulá-la ainda mais, devido ao impacto positivo que pode causar na aprendizagem e se tornar um ambiente cada vez mais familiar à criança.
Segundo os estudos já validados, estratégias que trazem benefícios e que podem ser utilizadas no ambiente escolar são a instrução intermediada por professores e orientadores como prática pedagógica, o estímulo e encorajamento às interações sociais como habilidade e suportes audiovisuais.
As estratégias da ABA devem ser aplicadas e supervisionadas pelo Acompanhante Terapêutico (AT), que também é responsável pela garantia da obtenção dos resultados positivos da ABA, por meio do acompanhamento individualizado do estudante autista.