O Sebrae lançou um guia que disponibiliza informações sobre o cenário atual do setor automotivo, englobando toda a cadeia produtiva, desde a indústria, o varejo e a logística reversa das desmontadoras, até os serviços ao comportamento do consumidor de veículos. O objetivo, com este escopo mais abrangente, foi de permitir que o empreendedor do segmento de reparação veicular tenha visão sistêmica do mercado em que atua, utilizando estas informações estratégicas para tomada de decisão que leve ao aumento do grau de inovação, da sustentabilidade e da competitividade do negócio.
Este macroambiente do setor é apresentado a partir das relações e do impacto de cada conteúdo com o segmento de reparação. Inicia-se com as três tendências internacionais consideradas disruptivas, ou seja, que quebram paradigmas, trazendo transformações significativas e impondo inovações à toda cadeia. São elas:
· Conectividade proporcionada pela era digital que leva à convergência tecnológica;
· Mobilidade inteligente sinalizando um novo perfil do consumidor;
· Veículos autônomos planejados para trafegarem sem motorista, com combustíveis de fontes renováveis (biocombustível, etanol), ou ainda com sistemas de propulsão alternativos (elétrico, células de combustível, hidrogênio, híbridos).
Os possíveis impactos dessas tendências no mercado são levantados em estudos como o da Anfavea, que faz projeções para 2034; o da Auto Alliance, que busca compreender como a cadeia automotiva está lidando com as inovações; e o da consultoria Roland Berger Strategy Consultants, que traça a evolução da engenharia automotiva. Destas fontes de pesquisa identificamos movimentos importantes, como a entrada de novos players – Apple, Google, Microsoft, Amazon –, as demandas dos clientes por experiência digital, infotainment e segurança veicular, além da consciência ecológica da sociedade que resulta, inclusive, em regulamentações ambientais impostas às empresas de reparação veicular.
Mas e a crise econômica brasileira? Realmente o aftermarket automotivo está inserido em um quadro econômico muito semelhante ao de 2014, com elevação de juros, queda da massa real de salários e aumento de desemprego; fatores que impactam negativamente as vendas dos carros novos da indústria mas que, ao mesmo tempo, podem favorecer as empresas de reparação porque podem aumentar a venda dos veículos usados. Portanto, como resultado deste Guia, espera-se que as empresas de reparação estejam preparadas para esta revolução que se apresenta repleta de oportunidades, principalmente para aquelas que souberem se adaptar aos novos formatos de faturamento e de lucratividade, e para aquelas capazes de transformar o modelo de negócio tradicional a partir do entendimento do cenário atual e das projeções para o futuro.
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