Cabines portáteis, desenvolvidas para serem usadas como banheiros químicos, são indicadas para eventos esportivos, feiras, convenções, camping, paradas de ônibus em estradas, carnaval, praças, feiras livres, locais turísticos, festas religiosas, canteiros de obras, estações ferroviárias, entre outras ocasiões que tenham no seu ambiente a carência de uma infraestrutura permanente.
A revista Construção Mercado da Editora PINI – organização que produz e disponibiliza informações e sistemas de apoio para a indústria da construção civil – esclarece que sanitários químicos são construídos com polietileno de alta densidade, geralmente nas cores azul e verde. Os modelos disponíveis no mercado brasileiro vão desde os mais simples, que contam apenas com vaso sanitário, mictório e grades de ventilação, aos mais bem equipados, dotados de pia e descarga com acionamento no pé e suportes para sabonete, papel higiênico e papel toalha.
Na construção civil, esse tipo de sanitário só é utilizado quando a estruturação de um banheiro comum não é viável, ou seja, quando não há rede de esgotos ou possibilidade de construir uma fossa séptica no local.
A legislação que regulamenta o uso de sanitários químicos em obras é a NR-18 (Norma Regulamentadora no18), do Ministério do Trabalho, determina a colocação de uma unidade para cada grupo de 20 funcionários, ou fração, com instalações independentes para homens e mulheres.
De acordo com a NR-18, os sanitários químicos devem ser colocados em locais de acesso fácil e seguro, sendo que os trabalhadores não devem se deslocar mais do que 150 m do posto de trabalho até o banheiro. Isso significa que empreendimentos com diversos andares devem contar com pelo menos uma unidade em cada pavimento, respeitando a distância máxima citada na regulamentação.
Já a recomendação para a instalação dos equipamentos em eventos, a Associação Internacional de sanitários portáteis recomenda um banheiro químico para uso de 200 pessoas durante um período de até 4 horas.
Porém, o cálculo para se chegar ao número ideal de unidades a serem disponibilizadas em um determinado evento, dependerá também do perfil do público. Para ocasiões nas quais há oferta de bebida alcoólica ou um número maior de mulheres do que homem, ou mesmo um grande contingente de crianças, essa estimativa aumenta.
Calcular a quantidade de unidades a serem instaladas é uma tarefa tão essencial para os organizadores do evento como para os fornecedores dos equipamentos. Enquanto para esse é também uma questão de desenvolvimento de uma proposta comercial e do controle de estoques em conformidade com a demanda, para aquele é uma questão de sucesso do evento. A carência do equipamento obriga o público a usar outras soluções e, invariavelmente, terminará em críticas negativas que impactam na imagem dos organizadores.
Mas, mesmo a presença suficiente de banheiros químicos pode ser objeto de problemas em outras esferas. É fundamental um cronograma eficiente de sua higienização, assim como a adoção de medidas de segurança no descarte dos dejetos. Para atuar com a locação de banheiros químicos é necessário contrato com a empresa de esgoto para realizar o descarte, além de autorizações da Vigilância Sanitária e das secretarias do meio ambiente estadual e municipal.
O mercado de locação de equipamentos sanitários temporários é muito concorrido e a diferenciação deve ser parte integrante da estratégia. A ISO 14001 Meio Ambiente é um dos caminhos para se trilhar um caminho de destaque no mercado. A norma especifica um processo para controlar e melhorar o desempenho ambiental de uma organização. Trata-se de uma norma internacionalmente reconhecida que define o que deve ser feito para estabelecer um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) efetivo. A norma é desenvolvida com objetivo de criar o equilíbrio entre a manutenção da rentabilidade e a redução do impacto ambiental; com o comprometimento de toda a organização.
Impactos ambientais estão se tornando um tema cada vez mais importante no mundo e a pressão para minimizá-lo oriunda de uma série de fontes: autoridades governamentais locais e nacionais, reguladores, associações comerciais, clientes, colaboradores e acionistas. As pressões sociais também aumentam em função da crescente gama de partes interessadas, tais como consumidores, organizações ambientais e não governamentais de minorias (ONGs), universidades e vizinhos.