Empresas se preparam para a nova Norma Técnica da ABNT para proteção contra arcos elétricos e especialistas alertam para a escolha de vestimentas de proteção certificadas e conscientização dos trabalhadores.
A Norma Regulamentadora 10, conhecida como NR 10 é uma das medidas que ajudaram na diminuição e prevenção de acidentes no trabalho causados por arcos elétricos e fogo repentino. Junto com as definições das normas técnicas da ABNT, há um esforço para a proteção dos trabalhadores.
Segundo a Abracopel, no período entre 2006 a 2013 foram registrados formalmente 590 acidentes elétricos, sendo 541 acidentes fatais, desses trabalhadores, 83% eram terceirizados e os demais, 17%, funcionários regulamentados.
Visando prevenir os acidentes de trabalho foram sancionadas pelo Ministério do Trabalho as normas regulamentadoras, determinando que para cada atividade há uma vestimenta de proteção adequada de acordo com o risco do arco elétrico.
Nova norma técnica específica em relação ao arco elétrico que complementa a norma ABNT NBR 16384:2020 – Segurança em eletricidade – recomendações e orientações para o trabalho seguro em serviços com eletricidade
Atualmente dentro da comissão de estudos da ABNT CE003:064-12, está em desenvolvimento uma nova norma técnica específica em relação ao arco elétrico, que complementa a norma ABNT NBR 16384:2020 – Segurança em eletricidade – recomendações e orientações para o trabalho seguro em serviços com eletricidade.
A norma impacta além dos procedimentos para a estimativa de energia incidente nos acidentes com arcos elétricos, a caracterização, desempenho, seleção, uso e cuidados com EPI para arco elétrico.
“Quando esta norma for publicada será fundamental para orientar os profissionais da área elétrica sobre o que deve ser feito para diminuir ou evitar os acidentes com arco elétrico.” comenta Breno Augusto Santos da Guardian WP.
“O processo de certificação dos EPIs se normatiza e padroniza, passando por diversos estágios. É preciso um investimento na análise de risco e assim embasar a caracterização e avaliação de desempenho do EPI”, informa o Dr. Márcio Bottaro, especialista em segurança do trabalho e EPIs do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE-USP).
“É imprescindível para qualquer empresa que esteja à frente de riscos elétricos, ter o cuidado na escolha de vestimentas de proteção adequada para seu porte e atividade. Por isso, essa nova padronização colabora para que as escolhas sejam mais seguras, na qual o risco do arco elétrico não era considerado com a atenção merecida, devido a sua gravidade ”, comenta Breno Augusto dos Santos, executivo especialista em vestimentas de proteção para atendimento a NR 10 da Guardian WP.
O Dr. Márcio Bottaro complementa que “Os treinamentos e a conscientização dos riscos são medidas usadas antes mesmo da necessidade do uso de EPIs.
O uso do EPI deve ser uma medida tomada já com todas as ações preventivas e de combate mitigadas.”, reafirma o especialista.
A realização de treinamentos para conscientização de segurança do trabalho é vista como uma forma de prevenir acidentes.
Os perigos dos arcos elétricos não se dissiparão, mas podem ser reduzidos.
Vestimentas de proteção contra arco elétrico
Breno Augusto aborda a importância de conscientizar o usuário das vestimentas de proteção contra arco elétrico, “o equilíbrio entre ações administrativas e técnicas de acordo com a severidade dos perigos dentro das atividades, auxiliam o colaborador a não encarar o EPI como um empecilho em sua rotina, e sim, um parceiro.”
O executivo especialista em vestimentas de proteção para atendimento a NR 10 da Guardian WP, alerta os empregadores:
“Para que as empresas se adaptem às novas medidas de segurança, determinadas pelas norma, é necessário adquirir vestimentas de proteção com a tecnologia correta, com sua origem certificada e dentro dos padrões, como também entender e instruir seus colaboradores sobre a importância da vestimenta que esteja dentro das especificações da NR 10. A conscientização e o uso correto das vestimentas é um processo que salva vidas”.