Coordenadora do setor no Sebrae Nacional afirma que a pandemia fechou estabelecimento e gerou demanda tanto por pratos feitos quanto por opções mais saudáveis.
A pandemia de covid-19 fez com que crescesse muito o número de negócios de alimentação e bebidas tocados por um microempreendedor individual (MEI), segundo a coordenadora dessa área no Sebrae Nacional, Mayra Viana. Ela afirma que os principais motivos foram o fechamento de bares e restaurantes que não aguentaram o período de isolamento social e a falta de barreiras técnicas para os empreendedores trabalharem com cozinha.
Viana afirma que muitos MEIs conseguiram se consolidar no mercado nos últimos anos, mas ela sugere alguns tipos de alimentos e de cuidados que se saíram melhor e que continuam como tendência para 2022.
Clique aqui e assista o primeiro vídeo com a entrevista de Mayra Viana, coordenadora de alimentos e bebidas do Sebrae Nacional, em que ela fala do crescimento da demanda por uma alimentação mais saudável e do crescimento da procura por marmitas.
Se preferir, pode ouvir a mesma entrevista neste podcast:
Confira as dicas:
1- PRATOS PRONTOS
A consultora afirma que a venda de marmitex, principalmente dentro do próprio bairro do empreendedor, cresceu muito, tanto para consumo na hora quanto de congelados. “Com essa correria do dia a dia, essa loucura de trabalho remoto, de casa, as pessoas contaram muito com o marmitex e o MEI de alimentação foi um dos responsáveis por suprir essa necessidade das pessoas, de ter uma comida básica, gostosa e acessível”, conta Viana.
2- FOCO NA SAÚDE
Com a pandemia, a população de um modo geral ficou mais atenta à necessidade de consumir produtos saudáveis. A orientação é para entender os costumes do público no local onde se pretende trabalhar para, por exemplo, oferecer pratos fit, menos industrializados, com menos carboidratos ou que ofereçam benefícios à saúde. “Temos localidades em que as pessoas estão sempre fazendo exercícios físicos, preocupadas com uma alimentação balanceada, com o corpo, e isso traz bastante oportunidades”, diz.
3- PARA ALÉRGICOS
Por questões médicas ou de dieta, muitas pessoas têm procurado alimentos sem glúten, sem lactose e sem açúcar. Se o MEI tem condições de investir nesse tipo de mercado, a coordenadora no Sebrae lembra que as pessoas com alergias têm poucas opções e há demanda por quem seja especializado nesse nicho. “Você pode atuar em um raio maior do que o seu bairro, porque compensa, por ser uma coisa especial, o deslocamento, um frete de delivery um pouco mais caro”, cita.
4- DOCES E ITENS SAZONAIS
Ficar atento e se aproveitar de comemorações sazonais, como a Páscoa ou o Dia das Mães, permitem que o MEI tenha uma receita maior no início e ganhe clientela. A sugestão de Viana é procurar as tendências no mercado naquele ano e investir em opções que agradem a maioria. “Muita gente entra no ramo de doces e de chocolates na Páscoa. As datas em que as pessoas costumam dar presentes são oportunidades de vender e atender esse público.”
Clique aqui e assista ao segundo vídeo com a entrevista de Mayra Viana, com dicas importantes sobre a comunicação da sua MEI, atuação em redes sociais, entre outros.
Se preferir, pode ouvir a mesma entrevista neste segundo podcast:
5- PROPAGANDA
A consultora afirma que o MEI depende da compra de vizinhos, amigos e familiares, então é importante encantar o cliente, para fortalecer a propaganda boca a boca. Ainda, ela diz que é possível usar as redes sociais, principalmente o Instagram, para mostrar ao consumidor que o empreendedor tem uma produção dentro das regras sanitárias e organizado, tirar fotos de alimentos “que deem água na boca”, mostrar o rosto de quem produz e colocar a tabela de preços. “E ter facilidade de comunicação, dizendo como as encomendas são feitas, se é pelo WhatsApp, no próprio Instagram, ou por aplicativo delivery, dando todas as informações. Porque existem perfis em que a pessoa nem coloca a cidade onde entrega”, diz a coordenadora de Alimentos e Bebidas do Sebrae Nacional.
Clique aqui e assista ao terceiro e último vídeo com a entrevista de Mayra Viana, agora sobre como converter sua cozinha residencial na cozinha da sua MEI e os cuidados que você precisa ter.
Se preferir, pode ouvir a mesma entrevista neste terceiro podcast:
Leia mais:
Cinco tendências que irão impactar a indústria de alimentos e bebidas em 2022