O comércio internacional é parte integrante da dinâmica dos fluxos transnacionais e é responsável pela troca de moedas, bens e serviços entre países. Através de empresas instaladas em diferentes países, estão sempre buscando meios de produção, novos mercados, novos produtos, novas tecnologias, mão de obra qualificada ou barata e recursos naturais. Este é um jogo de comércio mundial. Mas para fazer parte desse jogo, a economia nacional deve fornecer um ambiente propício para atrair empresas estrangeiras e treinar empresas nacionais para torná-las mais produtivas e competitivas.
Ao aumentar a competitividade, as empresas podem entrar no mercado externo por meio de exportações, aumentando assim os lucros. No entanto, as exportações não podem ser vistas como uma estratégia secundária ou como um meio para as empresas transferirem seus produtos do mercado interno para o mercado externo. A formulação de políticas de exportação deve ser contínua, ou seja, o planejamento estratégico por empresas e órgãos governamentais competentes não deve ser considerado um processo temporário de curto prazo.
Vê-se, claramente, que as micro e pequenas empresas (MPEs) aos poucos vão entendendo esse conceito e se aventurando em outros países, gerando novos negócios, novos produtos e novas perspectivas.
Ao se preparar para exportar ou abrir uma filial em outro país, a pequena empresa não somente se prepara para o mercado internacional, mas inova, cria uma nova rotina e processos, investe em mais qualidade e isso faz com que sua marca se fortaleça, ainda mais, no mercado nacional, possibilitando o aumento da clientela e do faturamento aqui mesmo no Brasil.
E quais as motivações mais freqüentes do pequeno empreendedor para a importante decisão de exportar?
- Escalabilidade: necessidade de atuar em um novo país que pode demandar aumento de escala, ou seja, a produção pode atender a demanda no mercado nacional e no mercado internacional;
- Comemorar datas festivas: O foco nos mais diferentes mercados, sempre aproveitando datas festivas ou que demandem produtos específicos. Este pode ser um grande fator que deve manter a produção de produtos, serviços ou insumos ao longo de todo ano;
- Instabilidade do mercado interno: concorrência desleal ou a entrada de novos concorrentes, preços muito baixos, queda no faturamento, desvalorização da moeda local, e outras variáveis, tornam a exportação uma possibilidade real para diminuir o impacto da turbulência no mercado local. Em muitas ocasiões, pelo câmbio desvalorizado, aproveita-se a oportunidade para crescer no comércio exterior e diminuir a dependência, total, do mercado local.
- Aumento da vida útil do produto: sabe-se que todos os produtos possuem um ciclo de vida, logo é inteligente e necessário o aumento deste ciclo. Esgotado esse tempo no Brasil, é possível que em outros mercados o período de venda se mantenha em alta.
- Imagem da empresa: uma empresa, quando se torna exportadora, tende a melhorar sua imagem junto ao público, aumentando, assim, sua credibilidade, o que pode melhorar as relações com clientes, fornecedores, credores e instituições financeiras.
- Novas oportunidades: criar estratégias em mercados pouco explorados ou em expansão.
Os fatores motivacionais acima são relacionados à motivações proativas, quando a empresa toma as decisões estratégicas.
Por outro lado, têm-se, também, as motivações reacionárias, quando adotam uma prática está, de forma direta, relacionada ao que é percebido no mercado. Nesta situação, exemplificamos quando a empresa decide seguir os passos dos concorrentes e clientes ou gerar fatos novos com o objetivo de diminuir a fatia de participação dos concorrentes internamente e, assim, mostrar força.
Por fim, temos a empírica que ocorre quando a empresa analisa e toma decisões importantes e estratégicas para o empreendimento. Dentro do contexto do comércio exterior, a venda para outros países pode ser mais interessante que o internamente. Ainda na empírica, o empresário pode ser induzido a vender seus produtos em outros mercados seja pela proximidade física entre os países, tanto pelos valores culturais e mercadológicos.
Depois de saber a motivação do empreendedor para abrir novos mercados e assumir o comércio exterior como fatia importante do seu plano estratégico, cabe à empresa definir quais mercados serão explorados e se aprofundar no conhecimento sócio-cultural dos mesmos, diminuindo a possibilidade de errar.
Minha motivação é ampliar minha clientela. Estou estudando muito sobre internacionalizar meus serviços.