Por Luciana Pecegueiro
Ao caminhar pelo Bairro Gótico em Barcelona, na Espanha, uma pequena empresa promete vender felicidade aos transeuntes em uma pequena loja que mais parece uma farmácia.
O consumo de guloseimas por quilo já não é mais novidade, mas essa empresa conseguiu diferenciar o seu produto com muito bom humor. A empresa Happy Pills vende as mais variadas balinhas, mas que representam uma cura para qualquer doença sentimental.
Com 4 lojas em Barcelona, a empresa também promove vendas online e oferece para empresas presentes corporativos. Nas lojas você pode adquirir quatro tipos de produtos: o frasco, o kit de emergência, o pacote temático e o pacote para pastilhas.
A filosofia da loja prega que a balinha é a cura para qualquer doença sentimental. Você pode comprar um pote, escolher as balas e a etiqueta para a cura a qual o presente se propõe.
Kit de emergência
Na Happy Pills a automedicação além de permitida é recomendada! Você escolhe o seu produto e a qual prescrição atende. Como assim? Você escolhe o rótulo dentre várias opções e cada uma tem uma prescrição e uma bula em diferentes línguas.
Para que se prescreve? Para as situações mais rotineiras: “Para os domingos sem futebol”, “Contra o estresse”, “Contra os complexos tontos”, “Para a abstinência sexual involuntária”, “Contra as segundas”…
Definitivamente o diferencial está na embalagem e na forma de lidar com a vida.
Os produtos foram inspirados nas promessas de remédios anti-depressivos e o apelo das chamadas “happy pills”, como o Valium e Prozac. Esses remédios são persuasivos pela solução que pregam: a felicidade perante a ansiedade e depressão crescente no mundo moderno. Há livros e relatórios sobre esses tipos de remédios e a consequência de sua ampla disseminação em Países Desenvolvidos.
Pacote temático
Contudo, a Happy Pills usa uma solução sem contra-indicação e prega uma estratégia de marketing com efeito sobre a saúde mental. E quem não fica mais feliz ao ganhar balas?
E o seu produto? Tem algum diferencial? Idéias simples e baratas podem gerar grandes impactos.
Luciana Pecegueiro Furtado, da Unidade de Acesso a Mercados e Serviços Financeiros do Sebrae.
