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Desenvolvimento comercial

Desenvolvimento comercial
Programas ajudam fortalecer micro e pequenas empresas
Escrito por: Maria Cristina Kunzler
Jornal O Presente – Marechal Cândido Rondon/PR
Com iniciativas que estão à disposição da classe, os índices de mortalidade empresarial podem diminuir de forma considerável, revertendo-se em sucesso
As micro e pequenas empresas têm um papel fundamental na economia brasileira. Por outro lado, porém, não é de hoje que os empresários passam por muitas dificuldades para se manter no negócio. Estudo realizado pelo Sebrae e Vox Populli em 2007 aponta que, no período de 2003 a 2005, 22% dos empreendimentos fecharam suas portas, sendo que isso ocorria normalmente antes de completar dois anos de existência.
Os motivos são muitos, como a falta de planejamento, falta de profissionais qualificados, falta de capital de giro, falta de estudo de viabilidade, carga tributária muito alta, dentre outros. Preocupado com estes altos índices de mortalidade, o Sebrae tem investido ao longo dos anos para promover programas e projetos que auxiliem as micro e pequenas empresas a se manter no mercado, ao fazer uso de mudanças, inovações e reciclagens. E mais, que consigam gerar renda e emprego, superando as dificuldades.
De olho no fortalecimento das micro e pequenas empresas, o Sebrae e o Sistema Fecomércio Sesc Senac estão desenvolvendo em apenas cinco cidades do Paraná, incluindo Marechal Cândido Rondon, um projeto inovador, amplo e que vem a atender aos anseios dos empresários. Trata-se do Programa de Desenvolvimento de Espaços Comerciais, que no município conta com apoio da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária (Acimacar), prefeitura, Câmara de Vereadores, Sindicomar e Associação Regional de Engenheiros e Arquitetos (Area).
O objetivo maior é proporcionar uma grande transformação do centro comercial da cidade, fortalecendo as 60 empresas que aderiram à iniciativa, ao trabalhar diversos aspectos dentro de cada empreendimento, como gestão, marketing, atendimento, visual da loja, iluminação, fachada, segurança, dentre outros, tornando os espaços mais atrativos.
Altos índices
O consultor do escritório de Cascavel do Sebrae, Osvaldo César Brotto, menciona que é considerado alto o número de empresas que fecham as portas nos primeiros anos de vida. De acordo com ele, quando são analisadas as causas da mortalidade, a maior parte é por falta de planejamento, de atualização, de conhecimento do cliente, de gestão financeira e até mesmo de posicionamento no mercado. “São causas possíveis de serem tratadas pelo empresário. Se ele se planeja, se atualiza, se está em constante informação e capacitação, os riscos de mortalidade são reduzidos nos primeiros anos de vida”, declara.
O Programa de Desenvolvimento de Espaços Comerciais surgiu justamente para auxiliar o empresário a se manter no mercado ao trabalhar questões importantes dentro de cada empreendimento. “O projeto tem três vertentes: do ambiente, que visa melhorar a empresa para atrair o cliente na loja, com um local mais aconchegante, seguro, mais limpo, mais bonito; o atendimento como um todo; e por fim a gestão. Na gestão trabalhamos todas as ferramentas e recursos que o empresário pode encontrar a sua disposição, basta apenas aplicar no dia-a-dia para reduzir drasticamente o risco de mortalidade da empresa e aumentar o sucesso no negócio que ele escolheu”, afirma Brotto.
Ações práticas
Com o planejamento estratégico do programa concluído no início deste ano, algumas ações práticas já devem ser realizadas no decorrer de 2011, bem como em 2012. Um dos principais diagnósticos já foi realizado. Trata-se do chamado cliente oculto, em que um consultor do Sebrae (desconhecido dos empresários) vai até a loja se passando por um consumidor. O objetivo da medida visa analisar os aspectos de cada empresa, o que está bom e o que pode ser melhorado, e cada item recebe uma pontuação.
“Já percebemos uma boa melhora em vários aspectos nas empresas, como no atendimento, visual da loja e gestão. Estamos percebendo que os participantes estão animados, pois estão constatando que é possível melhorar o desempenho da loja apenas aplicando algumas mudanças que estão a sua disposição e à altura do que podem fazer. A maior parte dos empresários que integram o projeto tem experimentado essas mudanças e tem feito alterações a partir das sugestões que nós repassamos, os quais estão obtendo excelentes resultados com isso”, garante o consultor.
Otimismo
Brotto demonstra muito otimismo com o desenvolvimento do programa em Marechal Rondon. “Eu diria que estamos dentro do cronograma e dentro daquilo que esperamos para este momento. Sabemos que é um projeto para dois a três anos e que os resultados aparecem dentro deste período. No entanto, contamos com ações de curto, médio e longo prazo que vão ao encontro dos nossos objetivos. Com relação ao cronograma, estamos confiantes e os parceiros estão todos engajados. Muita coisa será implementada”, destaca.
Além do interesse demonstrado das entidades parceiras, o Sistema Fecomércio Sesc Senac e o Sebrae estão aportando recursos para o desenvolvimento do projeto. “O programa conta com um planejamento e, principalmente, percebemos que as empresas estão interessadas em mudar para atender melhor seu cliente. Portanto, todas as condições necessárias para o projeto estão estabelecidas”, resume o profissional.
Resultados positivos são comemorados por empresárias
A Loja Catarinense é um dos empreendimentos que participa do Programa de Desenvolvimento de Espaços Comerciais em Marechal Cândido Rondon. Mesmo antes do surgimento desta iniciativa, as sócias-proprietárias Marli e Trycia Port já haviam planejado a remodelação completa da empresa. Entretanto, o projeto do Sistema Fecomércio Sesc Senac e do Sebrae veio ao encontro daquilo que as empresárias buscavam: mudanças que poderiam conquistar mais clientes.
Passados alguns meses da reinauguração da loja, Marli e Trycia só têm a comemorar. Especialmente a reforma e a oferta de novas marcas fizeram com que aumentasse o número de consumidores, transformando isso em um incremento nas vendas que chega a cerca de 30%.
Uma das principais mudanças sentidas é que as mercadorias oferecidas estão atraindo cada vez mais o público jovem até a loja, assim como da classe média para cima. “Era um público que antes não vinha até a loja. Estamos oferecendo roupas de marcas que vestem famosos, como a Fátima Bernardes, Ana Maria Braga, o ex-BBB Rodrigão, e mesmo com um preço um pouco mais elevado, têm saída”, explicam.
E elas não param por aí. Além da remodelação que chamou a atenção e contribuiu para atrair mais clientes, assim como a disponibilidade de diversas marcas, as empresárias já estão planejando novas iniciativas. “Neste sábado (09), por exemplo, vamos oferecer um café da manhã para os clientes. Queremos que os consumidores venham até a loja para conhecer o que oferecemos”, mencionam, segundo as quais, a ideia é promover algo neste sentido de forma esporádica.
Está no planejamento futuro ainda a instalação de aparelhos de ar-condicionado, especialmente para deixar o ambiente mais agradável no verão escaldante de Marechal Rondon, e a utilização de uniformes por parte da equipe para tornar a loja ainda mais profissional e padronizada, permitindo que os clientes possam fazer a fácil identificação de quem são os colaboradores.
Projeto
A participação no Programa de Desenvolvimento de Espaços Comerciais tem sido muito importante para a Loja Catarinense, avaliam Marli e Trycia. Elas comentam que o diagnóstico feito na empresa “abriu os olhos” para mudanças simples que foram sugeridas e que nem sempre são observadas no dia-a-dia empresarial. “São pessoas qualificadas que vêm nos ajudar, com sugestões de melhorias na iluminação, vendas, fachada”, salientam.
A empresa também está investindo no trabalho de marketing para divulgar a loja e os produtos. E sobre o nome, as empresárias não descartam uma mudança. “O nome Loja Catarinense é tradicional e existe há 45 anos (que serão completados em agosto), mas não descartamos a possibilidade de mudanças. É algo que estamos analisando, pois não podemos deixar de sempre inovar”, concluem.

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