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Sustentabilidade nos Pequenos Negócios

Sustentabilidade nos Pequenos Negócios

Por Raissa Rossiter

É cada vez mais imperativo o desafio para que governos, empresas e cidadãos adotem práticas sustentáveis que permitam a construção de um futuro mais promissor para o nosso planeta. Esta é a exigência de consumidores, acionistas e da sociedade como um todo e que tem se tornado uma das grandes tendências globais. Grandes empresas vêm gradativamente abandonando um enfoque restrito ao marketing institucional para incorporar estratégias de negócios sustentáveis em sua atuação.

Apesar dos exemplos de algumas grandes corporações, que já perceberam que sua competitividade poderá ser ameaçada no longo prazo, caso não comecem a atuar seriamente no sentido de uma mudança, surge o seguinte questionamento: como fazer com que essas práticas sejam estendidas aos pequenos negócios, que formam a base de grande parte das economias em todo o mundo?

No Brasil o quadro não é diferente de muitos países: os pequenos negócios representam 99% do total de empreendimentos formais e mais de 50% dos empregos formais. Pela sua magnitude, portanto, têm também, se olhados coletivamente, um grande impacto no ambiente, para o bem e para o mal. Assim, com uma contribuição significativa para o desenvolvimento social e econômico brasileiro, os pequenos negócios têm diante de si, por outro lado, a necessidade de administrar recursos internos muitas vezes escassos sem perder de vista a adoção de novas práticas em seus negócios que lhes garantam atender às exigências cada vez maiores de um mercado globalizado.

No Reino Unido, por exemplo, uma pesquisa da Agência Ambiental do Governo indicou que ¾ das pequenas empresas desconheciam suas obrigações ambientais. E no Brasil, como será o quadro? Ainda não dispomos de informações sistematizadas sobre o caso brasileiro, mas provavelmente não tão diferente do contexto europeu, se não for mais grave ainda.

A saída encontrada pelos formuladores de políticas de apoio aos pequenos negócios do Reino Unido foi buscar introduzir mudanças comportamentais que possam trazer transformações nas práticas de negócios que resultem em impactos positivos para o ambiente. Ao mesmo tempo, identificaram quais os fatores que poderiam ajudar os pequenos negócios a adotar melhores práticas ambientais. O apoio customizado sobre as etapas necessárias para a introdução de práticas ambientalmente sustentáveis; a influência das redes e das lideranças do setor de atuação da empresa; a identificação de oportunidades de mercado decorrentes das mudanças do padrão de fazer negócios da empresa; e o financiamento para implementar as mudanças foram os fatores mais críticos apontados pelos empreendedores britânicos. Além disso, relacionamentos de longo prazo, provisão de informação acessível com uso de linguagem apropriada, e flexibilidade no apoio oferecido foram também identificados como elementos importantes para influenciar a mudança de comportamento dos empreendedores.

Numa abordagem que vai além das questões ecológicas, envolvendo um engajamento na redução da pobreza e na criação de comunidades sustentáveis como elementos interdependentes, algumas organizações têm atuado com base em três pilares para a promoção da sustentabilidade nos pequenos negócios:

1. Social: aumentar a capacidade e o bem-estar de pessoas e comunidades; 2. Ambiental: minimizar o impacto ambiental de todas as operações de negócios através da cadeia produtiva; e 3. Comercial: fomentar financiamentos para modelos de negócios que desenvolvam produtos e serviços de qualidade que atendam às demandas e necessidades de mercado, vendidos de forma ética e justa.

Articular bem esses três pilares não é uma tarefa trivial, mas é perfeitamente possível de ser alcançada. Visão ampla e de longo prazo aliada a pequenas mudanças na direção de práticas mais sustentáveis é algo que não poderemos nos furtar de perseguir, tanto formuladores de políticas quanto empreendedores brasileiros. É preciso pensar grande e começar já.

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