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Sucessão nos negócios: pai e filho comandam restaurante de sucesso

Sucessão nos negócios: pai e filho comandam restaurante de sucesso
Com técnica e talento, Rodrigo Oliveira ajudou o pai a transformar o Mocotó, restaurante da família, em referência
Foto: Werther Santana/AE
José e Rodrigo, pai e filho, conseguiram colocar o
restaurante Mocotó no mapa da gastronomia do país
O restaurante Mocotó, responsável por colocar o bairro paulistano da
Vila Medeiros no mapa da gastronomia brasileira, prova que uma empresa
familiar pode melhorar – em vez de desandar – quando chega à segunda
geração. A casa, aberta pelo pernambucano José Oliveira de Almeida em
1973, ganhou apuro técnico na cozinha e gestão profissional em 2005,
quando Rodrigo Oliveira passou a dividir com o pai a condução do
negócio.

Não seria justo com seu José dizer que o Mocotó só virou um
sucesso depois de Rodrigo. Nada disso. Quando era menor, o Mocotó já
vivia com as mesas ocupadas e a reputação da cozinha sempre foi boa na
região.

Mas no momento em que Rodrigo se graduou em gastronomia, mudou as
receitas e reorganizou o restaurante, o Mocotó atingiu outro patamar:
ganhou respeito no sofisticado mundo gastronômico, chamou a atenção da
imprensa e atraiu um público amplo. Decolou.



Hoje, o local atende cerca de 20 mil consumidores por mês. Como o
tíquete médio é de R$ 35, estima-se que o faturamento mensal do
restaurante chegue a R$ 700 mil. A clientela, antes formada apenas por
moradores da região, agora engloba também políticos, artistas, jogadores
de futebol e outras celebridades. O ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso é um dos novos frequentadores. “Mas quando ele veio aqui teve de
encarar a fila de espera como todo mundo”, garante seu José.



Ser um lugar simples e democrático é uma das características que
o Mocotó carrega desde o início – e que Rodrigo, sabiamente, manteve.
Por isso, mesmo depois de melhorar a qualidade dos ingredientes, o
Mocotó continuou a praticar preços acessíveis a todos. Com R$ 15 é
possível fazer uma refeição completa no local – o ganho da empresa vem
da escala.



O DNA da cozinha foi preservado, mas os sabores nordestinos
funcionaram como ponto de partida para que Rodrigo criasse suas
receitas. Com pesquisa, talento e técnica, ele mudou parte do cardápio.
Mas teve de submeter cada novo prato ao crivo do pai. “Ele é formado em
gastronomia, mas eu sou formado em ‘mocotologia’. Eu sei bem do que os
clientes gostam”, ironiza seu José.



Gestão

Além da cozinha, Rodrigo melhorou também a gestão do Mocotó.
Para o chef, o principal erro já cometido pelo restaurante foi permitir
que os funcionários cumprissem uma jornada árdua. “Eu e meu pai sempre
achamos normal trabalhar 14, 16 horas. Nós fazemos isso, então, as
pessoas que trabalham aqui também faziam”, diz. “Mas é uma situação que
não se sustenta”, conclui o empresário.



Além de registrar todos os 54 funcionários e respeitar o
expediente, Rodrigo aprimorou os cuidados que o pai já dispensava à
equipe. Manteve o hábito de só contratar conhecidos (deles e dos
funcionários) e de fazer todos começarem pelos cargos mais baixos. Mas
passou a oferecer treinamento, melhorou a remuneração fixa e instituiu a
divisão igualitária dos 10% pagos pelos clientes.



Seu José e Rodrigo nem sempre – ou quase nunca – concordam sobre
os rumos do negócio. “Eu sou estourado e o Rodrigo é cabeça dura”,
define o pai. Rodrigo avisa que pretende abrir, em breve, um novo
restaurante na região. Mas seu José não gosta da ideia. “Eu e meu pai
sempre discutimos”, admite o filho. “Mas quando vamos embora do
restaurante eu falo ‘bênção, pai’, e ele me dá um beijo e a bênção.”
Fonte: Estadão PME

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