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Se você quer empreender na piscicultura deve saber que são vários os sistemas utilizados para produção de peixes, desde os mais simples, denominados extensivos, até os mais produtivos, conhecidos como superintensivos.
É considerado o mais utilizado atualmente, caracteriza-se principalmente pela maximização da produção, utilizando como principal fonte a alimentação natural do próprio viveiro (fitoplâncton, zooplâncton, bentos e macrófitas) complementada com ração comercial.
Nesse sistema, para que não ocasione danos à produção, não se faz a renovação da água do viveiro, repondo-se somente o que se perde por evaporação.
Para que seja mantida uma boa produção de alimentação natural, o viveiro é tratado periodicamente com adubos orgânicos e químicos.
Nesse tipo de criação, há o constante risco do problema na saúde dos peixes, decorrente principalmente da decomposição da matéria orgânica, oriunda dos restos de ração e fezes dos peixes. Essa decomposição leva à diminuição do oxigênio e liberação de substâncias tóxicas na água.
Além dos problemas da qualidade da água, há também o risco de transmissão de doenças por causa do uso de adubos orgânicos, que, no seu processo de maturação, não atingiram os níveis ideais de temperatura e o devido período de decomposição.
Para um melhor aproveitamento de todos os ingredientes produzidos no ambiente aquático, recomenda-se o consórcio de várias espécies de peixes com hábitos alimentares diferenciados, como pacu, tambacu, tambaqui, piavuçu, matrinxã e curimbatá. Em tais condições, os peixes tipo tambaqui, pirapitinga e matrinxã, que são onívoros, são criados como espécies principais.
Nesse consórcio, recomenda-se a utilização de, no máximo, três espécies de peixes, uma principal e mais uma ou duas secundárias. As espécies secundárias devem corresponder a no máximo 10% da população total. O crescimento desses peixes não é regular, nessas condições, o aporte de ração não deve exceder a 25 kg/ha/dia.
Quantidades maiores associadas à adubação química ou orgânica podem reduzir os níveis de oxigênio dissolvido e ampliar as concentrações de clorofila, amônia total e gás carbônico a níveis que o ambiente não consegue metabolizar, levando como principal e imediata consequência à mortalidade dos peixes.
Nos países asiáticos, a tilápia é o peixe mais utilizado nesse sistema de produção por apresentar uma excelente resposta à adubação.
A capacidade de suporte desse sistema dentro de um nível econômico situa-se na faixa de 2.500 a 3.000 kg/ha. É importante lembrar que esse dado refere-se a kg/ha e não número de peixes por hectare. O cálculo dessa produtividade é feito, considerando-se primeiro o peso do peixe que se deseja comercializar. Com essa informação, divide-se a capacidade de suporte, que, nesse caso, é de 3.000kg/ha, pelo peso do peixe a ser vendido e o resultado passa a ser o número de peixes que o sistema comporta.
Deve-se evitar fazer inicialmente o cálculo pelo número de peixes/ha, pois tal conta pode levar a erro, já que há peixes que são comercializados com 1 kg, como o piavuçu, e outros com 2 kg, como o tambaqui. O número de peixes que um mesmo ambiente comporta é totalmente diferente de uma espécie para outra.
Esse sistema de produção pode aumentar sua capacidade de suporte, se for introduzido o método de aeração ou aumentada à taxa de renovação da água.
O aumento dos níveis de produtividade eleva as exigências com relação ao manejo e, principalmente, à água. O bem mais precioso para nossa vida também é de grande valor para o habitat dos peixes, pois o controle de oxigênio dissolvido e o PH ajudam efetivamente na tomada preventiva de ações que minimizam os riscos e maximizam os lucros.
Manual orienta sobre como iniciar pscicultura com espécies regionais.
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Comentário ( 1 )
[…] três os tipos de produção: extensivo, semi-intensivo e […]