O mercado de sorvetes está em ascensão no Brasil e os empreendedores têm encontrado nas redes sociais o principal canal de atualização. É o que mostra um estudo conduzido pela Fispal Sorvetes, pela Associação Brasileira do Sorvete e Outros Gelados Comestíveis (Abrasorvete), em parceria com a Associação Gaúcha das Indústrias de Gelados Comestíveis (Agagel).
Intitulada “O Sorvete quer Falar”, a pesquisa mostra que 46,5% dos empreendedores do setor buscam nas redes sociais sua fonte primária de conhecimento, seguido de fontes como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e federações da indústria. As microempresas estão entre as que mais buscam esse tipo de capacitação, mas empresas de pequeno, médio e grande porte não ficam para trás.
O estudo revela ainda alguns aspectos importantes da indústria de sorvete brasileira. Por exemplo, o estado de São Paulo é quem concentra o maior número de empresas do setor – 26,5% do total, seguido pelo Rio Grande do Sul com 15,8%. A maioria delas (84,7%) comercializa sorvetes em massa e 55,4% já investem também no açaí. A sazonalidade ainda é vista como o maior desafio para 56,7% dos entrevistados.
Um mercado em expansão
O estudo indica ainda que a indústria de sorvetes cresceu 22,4% em volume no segundo semestre de 2023. Os números positivos deixam os especialistas ainda mais otimistas e a expectativa é que o setor receba o equivalente a R$ 1 bilhão em investimentos ao longo de 2024, o que representaria um crescimento de 5%.
“A expectativa para o setor em 2024 é de crescer 5% e acreditamos que os investimentos da indústria neste segmento, já que restrita aos respondentes da pesquisa é de R$ 230 milhões, avaliando todo o setor, esse número pode passar de R$ 1 bilhão”, explica Martin Eckhardt, presidente da Abrasorvete.
A pesquisa mostra que entre as microempresas o crescimento foi de 36,4% – o maior de todo o setor. Entre as empresas de pequeno porte o crescimento foi de 31,3%, enquanto as empresas de médio e grande porte viram o mercado crescer em 26,1% e 6,3%, respectivamente.
Para que o crescimento continue de forma sustentável, as empresas do segmento planejam aumentar a capacidade produtiva. Esse é o principal desejo para 46% dos entrevistados. A redução de custos operacionais (25,6%) e a melhoria na qualidade do produto final (22,7%) vêm na sequência entre as preocupações.
Falando em aumento de capacidade produtiva, a pesquisa quis saber também quais os fatores essenciais na hora de escolher novos equipamentos. Para mais de 83% dos entrevistados, os fatores primordiais são a disponibilidade de peças para reposição e a qualidade das máquinas escolhidas.
Tais fatores mostram que, com um ambiente favorável e o comprometimento dos empreendedores em se atualizarem e melhorarem continuamente, o futuro do setor de sorvetes promete ser ainda mais promissor, com potencial para alcançar novos patamares de sucesso e contribuir significativamente para a economia brasileira.