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O fiado eletrônico

O fiado eletrônico


Por Fernanda Peregrino

Em uma bela noite de 1950, um grupo de executivos americanos saiu para jantar e, no momento de acertar a conta, um deles disse ao garçom que os amigos haviam esquecido o dinheiro e os talões de cheque em casa. Depois de alguns minutos de discussão com o dono do estabelecimento, os clientes conseguiram convencê-lo a acertar o pagamento no dia seguinte. Foi daí que surgiu a idéia do cartão de crédito, e como o Brasil é um país especialista na cultura do “fiado”, a moda logo pegou por aqui. O primeiro cartão chegou às mãos brasileiras em 1958. Hoje, o país soma mais de cento e vinte milhões de unidades, sem contar as versões débito.

As micro e pequenas empresas podem e devem adotar o cartão de crédito e outros meios eletrônicos de pagamento para aumentar as vendas. A Rede de Conhecimento Faça Diferente, criada pelo Sebrae para difundir a cultura da inovação, apresentou-lhe um caso bem interessante. vindo de Bonito, no Mato Grosso do Sul. Você ouviu hoje, no programa de rádio, que os empresários implantaram um terminal para pagamento, com cartão de crédito, dos passeios aos atrativos naturais da região. No passado, os turistas eram obrigados a comprar um voucher único nas agências de turismo da cidade e algumas delas não aceitavam cartão.

Com o novo sistema, o cliente vai até o terminal, escolhe os passeios que quer fazer e paga com o cartão de crédito. Depois, ele retira o voucher na agência e segue rumo às belezas de Bonito. O dinheiro entra direto na conta empresa que repassa às agências o valor referente à taxa de comissão. Dessa forma, o número de turistas aumentou e as estatísticas de inadimplência diminuíram. Os cartões de crédito e débito são maneiras que podem ajudar os empreendedores a tornar micros e pequenos negócios mais competitivos e rentáveis. Estima-se que dos cinco milhões de micro e pequenas empresas no ramo de comércio, apenas um milhão e meio aceitem essa forma de pagamento.

As pessoas têm saído de casa com cada vez menos cheque e dinheiro vivo na carteira. De acordo com um levantamento realizado pelo Banco Central, dois bilhões e meio de pagamentos foram feitos por meio de cheque em 2001. Esse número caiu para um bilhão e meio em 2007 – uma queda de 40%. Já as compras feitas com cartão de crédito, que somavam 800 milhões de transações em 2001, mais que dobraram em 2007, passando para dois bilhões e meio e já superando a marca dos cheques. A possibilidade de parcelar a compra (inclusive sem juros), de usar a fatura para controlar melhor o orçamento (todos os valores gastos e as lojas escolhidas estão explicitados na conta), de cancelar o cartão no caso de roubo (dinheiro roubado é dinheiro perdido), de ganhar brindes e participar de programas de milhagem e de, simplesmente, adiantar uma compra que apenas poderia ser feita no final do mês são as principais vantagens de utilizar o cartão de crédito.

O crescimento da quantidade de comerciantes que aceitam o “dinheiro de plástico” pode ser observado no dia a dia. Se você está com fome e quer pedir uma pizza, não é mais preciso fazer uma vaquinha com a família e procurar as moedinhas nas gavetas para pagar o entregador. Basta optar pelas pizzarias que oferecem delivery com envio de máquina para passar o cartão. Feiras livres, de roupa e de artesanato vêm ampliando a aceitação das modalidades crédito e débito.

Motoristas de táxi e donos de quiosques na praia também estão apostando nessa moda. Há situações ainda mais inusitadas! Que tal pagar o ambulante e o engraxate com cartão de crédito? Isso já é possível em alguns lugares do Rio de Janeiro e São Paulo. Até reserva indígena começa a aceitar cartões! Em Porto Seguro, índios da etnia Pataxó aumentaram em 50% o número de venda dos artesanatos depois de passaram a receber o valor da venda via cartão.

Inovações em outras modalidades de meios eletrônicos de pagamento

Consideram-se como modelos eletrônicos de pagamento praticamente todas as formas de pagar que não sejam nem dinheiro, nem cheque. Cartões de crédito, cartões de débito, cartões de crédito vinculados a rede ou lojas (conhecidos como private label), cartões-alimentação, boletos bancários, transferências bancárias e até via mensagem de celular são formas de usar moeda eletrônica. Todas essas opções também podem estar acessíveis a você, proprietário de um micro ou pequeno negócio, que quer inovar e aumentar as vendas.

Cartões de crédito de grandes lojas de departamento e hipermercados são comuns. Mas imagine se sua micro ou pequena empresa também oferecesse essa possibilidade de pagamento aos clientes. Isso já acontece em Maringá, cidade localizada no interior do Paraná. Proprietários de pequenos supermercados, padarias, farmácias, açougues e butiques criaram um cartão de crédito único para ser aceito apenas por esses estabelecimentos. Atualmente, o programa conta com mais de três mil lojas credenciadas em duzentas cidades paranaenses e do Mato Grosso do Sul.

Alvo constante de inovações tecnológicas, o celular já está sendo usado para fazer pagamentos. A compra é autorizada via torpedo, que é mandado tanto para o dono da loja quanto para o cliente. O sistema bluetooth, disponível em alguns aparelhos para enviar e receber dados sem fio, também já começa a ser utilizado para possibilitar transações financeiras. Em Minas Gerais, há um projeto piloto para permitir a compra em máquinas de refrigerante por meio da tecnologia. Nesse caso, o valor gasto é adicionado à conta do celular. A operadora, portanto, também faz papel de arrecadadora.

Alguns empresários temem fazer acordos com redes de cartão de crédito, acreditando que a aquisição do serviço vai onerar demais o negócio. As operadoras cobram uma taxa média de 5% por venda, e o aluguel de cada máquina de passar cartão gira em torno de 115 reais. Mas, guarde este dado: de acordo com um estudo feito pelo Sebrae do Distrito Federal, o faturamento da empresa que adota essa modalidade de pagamento aumenta em 30%. Faça as contas e veja se não vale a pena modernizar a sua empresa. O empresário inovador não retarda o crescimento do seu negócio. Deixe a atitude de adiar compromissos importantes para os usuários de cartão de crédito, que tem encontro marcado com o banco apenas uma vez por mês.

Do blog Faça Diferente

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