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Moda ‘GG’ já movimenta mais de R$ 4,5 bilhões e abre oportunidades para pequenos empresários

Moda ‘GG’ já movimenta mais de R$ 4,5 bilhões e abre oportunidades para pequenos empresários
Empresários de pequeno e médio porte abrem os olhos para um segmento que cresce rapidamente e traz oportunidades
Foto: Clayton Souza/AE
Faturamento da designer Lylla Marry (centro)
saltou 40% com sua coleção GG
Moda GG ou mercado plus size. As confecções especializadas em roupas
para gordinhos sempre existiram. A novidade é que, nos últimos anos,
elas perderam a vergonha, trocaram de nome e assumiram uma perspectiva
mais fashion.

Por isso, essas empresas ganham espaço na preferência dos
consumidores e já abocanham um mercado estimado em cerca de R$ 4,6
bilhões pela Associação Brasileira do Vestuário (Abravest). 

E oportunidades não faltam para os pequenos e médios empresários
dispostos a investir nesta segmentação de mercado. É o caso da designer
de fantasias Lylla Marry, que até pouco tempo simplesmente não tinha
percebido esse filão. 
 

“Um dia duas irmãs entraram em meu ateliê. Uma magrinha e a
outra gordinha. No fim, enquanto a magrinha tinha encontrado sua
fantasia, a gordinha comentou decepcionada: ‘queria tanto ir na festa,
mas não existe fantasia para mim’”, lembra a empreendedora.
As clientes foram embora, mas Lylla não esqueceu a cena.
Sentou-se com papel e lápis na mão e não parou de trabalhar até desenhar
uma coleção inteira para o público GG. 
O retorno da clientela surpreendeu a designer. “Vou te falar,
o resultado é incrível. A coleção plus size entrou no catálogo da
empresa no ano passado e, com ela, ampliamos o faturamento em quase 40%.
Vem gente de todo o lado alugar fantasias conosco”, afirma.
O desempenho inesperado motivou Lylla Marry a ampliar a
coleção especial, que vai do manequim 46 ao 58. As atuais 100 peça
disponíveis (80 delas para mulheres e 20 para homens) receberão cerca de
20 novas opções em breve.
“Vamos crescer e nunca mais parar de trabalhar com esse
nicho. Quero introduzir fantasias de princesas, além de coisas sensuais.
A mulher plus size não quer se esconder, ao contrário, ela quer coisas
pequenas como uma minissaia.” 
A história vivida por Lylla não surpreende o professor de
marketing da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de
São Paulo (USP), Marcos Cortez Campomar.
Para o especialista, há uma demanda por roupas com medidas
especiais. “O brasileiro está engordando”, resume. Campomar destaca
ainda a profissionalização do segmento, que por isso mesmo busca
naturalmente novos nichos de mercado.

O especialista não se arrisca a fazer previsões mais
detalhadas sobre o segmento, o que não quer dizer que ele não o
recomende. “De acordo com informações oficiais, notamos que o mercado
consumidor para esses produtos é grande.” 

Marcos Campomar refere-se à pesquisas como a do Ministério da Saúde,
divulgada no último mês de abril. O relato informa que quase metade da
população brasileira atualmente (48,5%) está acima do peso. Os número
obtidos pelos pesquisadores em 2011 cresceram quase seis pontos
porcentuais nos últimos cinco anos.
Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (29) pelo Instituto
Dante Pazzanese reforça esse levantamento do Ministério da Saúde. Ao
analisar a ficha de 2,54 milhões de adolescentes paulistas que se
alistam no Exército, a instituição concluiu que em 30 anos (de 1978 a
2008) o número de jovens obesos triplicou, subindo de 0,9% para 2,8%.
Roberto Chadad, presidente da Abravest, revela dados que, por
sua vez, também ajudam a entender a dimensão do segmento de moda GG. De
acordo com ele, o mercado já movimenta R$ 4,6 bilhões – 5% do
faturamento integral do setor, estimado hoje em dia em R$ 92,7 bilhões.
Profissional
“Esse mercado esteve durante décadas na informalidade. As
costureiras faziam peças por encomenda para os gordinhos. O público GG
sempre teve vergonha de entrar numa loja porque não tinha muita coisa
para ele e também porque existia preconceito mesmo”, analisa Chadad. 
“Com a escassez das costureiras, algumas marcas começaram a
assumir o controle e profissionalizar o setor. Eu mesmo estive outro dia
em uma feira de negócios para fabricantes e lojistas de moda plus size e
fiquei muito animado. As marcas, agora, estão fazendo moda de verdade”,
conclui.
A feira visitada por Chadad é a Fashion Weekend Plus Size
(FWPS), iniciativa da blogueira Renata Poskus. Ela mantêm há anos uma
página na internet onde dedica-se a garimpar lojas e marcas
especializadas no público GG. Há três anos, Renata decidiu organizar um
evento para apresentar marcas ao público do seu blog.
“Busquei patrocínio dos lojistas para o primeiro evento. Deu
certo. Pedi demissão do meu emprego e vivo disso”, conta a
empreendedora. “Hoje reunimos 20 marcar de confecções, 40 modelos plus
size, além de lojistas. O objetivo agora é que a feira passe a fazer
parte do calendário de moda nacional”, revela Renata.
Segmentação
O empresário que investe em mercados específicos,
ultimamente, não tem do que reclamar. Há diversas oportunidades, por
exemplo, no segmento de casamentos. Por ano, são realizadas 19 mil
cerimônias no País e, na esteira dessas uniões, o setor movimentou R$ 12
bilhões em 2011, segundo dados da Abrafesta.
O perfil das mamães que acabaram de ter filhos mudou e também
é promissor. Segundo dados do IBGE, o número de filhos por mulher caiu
de 2,38 para 1,86. E isso provocou a ampliação dos gastos com produtos
específicos para bebês.
Fonte: Estadão PME

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