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Microcrédito – de Bangladesh para o Ceará

Em Bangladesh, na Ásia, o Prêmio Nobel da Paz Muhaamad Yunus começou a praticar o que hoje se denomina microcrédito, emprestando US$ 27.00 para 41 pessoas de uma aldeia em Bangladesh. Iniciava-se assim, em 1976, o Projeto Banco Grameen, que se tornou um banco oficial em 1983. O modelo adotado por Yunnus tem uma palavra-chave: a confiança. As pessoas garantiam umas às outras e não havia papéis e controles – e a inadimplência foi quase nula, 1,15%. Hoje, o banco tem 2.185 agências, 18.795 funcionários, está presente em 71.371 vilarejos e já atendeu a 6,61 milhões de pessoas, sendo 97% mulheres.

É um modelo baseado na economia solidária, que acontece em paralelo à economia formal, tal qual a conhecemos em várias partes do mundo, inclusive no “meu Ceará”.

Banco Palmas

Necessidade levou à organização.

No Bairro Conjunto Palmeira, Fortaleza, Ceará, em 1981, a necessidade levou à organização de uma associação que elaborou um conjunto de projetos e ações que trouxessem mudanças significativas em suas vidas. Sem recursos para executá-los, criaram o Banco Comunitário Palmas. Iniciaram com R$ 2.000,00 (dois mil reais) conseguidos com doações de ONGs. Disponibilizaram duas linhas de financiamento: microcrédito e Palma Casa (construção e reforma), além do cartão de crédito. Os juros cobrados são progressivos, sendo de 2% no primeiro empréstimo, de 2,5% no segundo e de 3% a partir do terceiro.

Segundo Marinete Brito da Silva, uma das fundadoras, em entrevista à empresa de consultoria AMANA-KAY, um dia depois do lançamento, estavam quebrados, pois haviam disponibilizado todo o recurso inicial. Buscaram, então, outros parceiros para captar mais recursos.
Para decidir sobre a concessão dos serviços financeiros, adotam a prática de visitar vizinhos para obter informações sobre a vida do candidato. A inadimplência no início era em torno de 3%. Depois de 8 (oito) dias de atraso, o banco faz uma visita para cobrar e, em casos extremos, colocam aviso na rádio comunitária, pedindo o comparecimento do devedor. “Se um deixa de pagar, o outro deixa de receber”, diz ela. Este é um dos princípios da instituição.
A Associação dos Moradores do Conjunto Palmeira/ASMOCONP desenvolveu, ainda, outros projetos, como a implementação de empreendimentos produtivos que geram negócios, renda e emprego para os moradores de Palmeira:

– Palma Fashion – vestuário;
– Incubadora feminina;
– Palma Limpe – materiais de limpeza;
– PalmaNatus – sabonetes artesanais e fitoterápicos;
– Agricultura urbana.

Os resultados, de janeiro de 2012 a maio 2012, do Banco Palmas demonstram seu sucesso:

Carteira Ativa Reais R$ 2.010.019,94
Carteira Ativa Nº Pessoas 3.521
Nº de créditos 2.017
Valor empresatdo para crédito produtivo R$ 1.542.884,55
Microsseguros 938
Pagamento por celular – usuários ativos 200

A análise do perfil de crédito mostra que as mulheres predominam entre os tomadores, tendo representado 84,80% em maio. O setor que mais tomou foi o comércio, representando 67,16%. O valor médio dos empréstimos foi de R$ 921,72, maior do período considerado, e a taxa de juros foi de 2,77%.

Hoje, o Banco Palmas está presente em 13 (municípios), sendo 12 no Ceará e uma filial no Rio de Janeiro. Promove capacitação na metodologia a agentes públicos e outros bancos comunitários, além de disponiblizar em seu site um conjunto de publicações.
No mês de junho, em que se comemoram os cem anos do nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião deve estar tocando lindas e animadas melodias em homenagem a seus conterrâneos, que criaram e consolidaram uma forma de promover o próprio desenvolvimento, olhando o todo mais do que as partes.

Fontes:

Vídeo entrevista Marinete Brito da Silva AMANA-KAY

Banco Palmas

 

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