Em 2013, pela primeira vez, a venda de smartphone superou a venda de aparelhos celulares convencionais. Com as vendas de smartphones crescendo, as oportunidades alcançam, indiscutivelmente, os negócios voltados ao desenvolvimento de aplicativos (apps).
Nesse segmento, o mercado vem percebendo que nem sempre os aplicativos desenvolvidos no mercado estrangeiro atendem às necessidades brasileiras. Um dos fatores que contribui para tal percepção é a questão sociocultural, uma vez que se difere bastante entre a população brasileira e os países mais desenvolvidos, onde os aplicativos geralmente têm sido produzidos.
Visando a geração de aplicativos que atendam às necessidades do brasileiro, e também para incentivar o desenvolvimento do setor no Brasil, o Ministério das Comunicações lançou Portaria isentando PIS e Confins de os smartphones fabricados no Brasil que tiverem, ao menos, cinco aplicativos nacionais. Representando 9,25% do valor, o desconto começou a valer no dia 10 de outubro de 2013, com a exigência de os fabricantes incluírem aplicativos nacionais em seus smartphones. A lei beneficia aparelhos vendidos por, no máximo, R$ 1,5 mil. Em 2014, os fabricantes deverão aumentar para, no mínimo, 15 apps brasileiros, passando para 30 no meio do ano e totalizando 50 no dia 1 de dezembro de 2014.
A fabricante Apple saiu na frente declarando que incluirá 21 aplicativos nacionais, cumprindo antecipadamente a meta de junho de 2014. Ao todo, nove empresas divulgaram a lista inicial de aplicativos que virão em seus aparelhos: Apple, Huawei, LG, Samsung, Positivo, Motorola, Sony, Digibrás e Nokia.
Entre os aplicativos brasileiros escolhidos pela Apple, divulgados no Diário Oficial, estão:
- ENEM Quiz – Provas do Enem
- Turma da Galinha Pintadinha – Educação
- Infraero – Turismo
- Pitaco – Esportes
- Calculadora do Cidadão – Finanças
- Organizze – Produtividade
- Kekanto – Lazer
- Onde está meu ônibus – Transporte
- Tecnonutri – Saúde
Apesar de criticada por investidores da área, a Portaria é uma oportunidade real para a geração de aplicativos com características especificas para o brasileiro e os demais países que ainda não absorveram totalmente a onda tecnológica.
Para aqueles que desejam investir nessa área, vale explicitar a importância da pesquisa, na fase inicial do projeto, para mapear demandas brasileiras que poderiam ser atendidas por aplicativos.
Como exemplo, destaca-se o sucesso recente de sites e aplicativos brasileiros que mapeiam áreas de alto nível de violência. São eles:
- Agentto, criado em Minas Gerais, ele permite informar e monitorar situações de perigo através de uma rede de confiança de até 12 pessoas (familiares e melhores amigos). O usuário pode receber e enviar pedidos de socorro silenciosamente. Permite que órgãos públicos e empresas se cadastrem como protetores.
- B.O. Coletivo, criado no Rio Grande do Sul, o usuário pode cadastrar diferentes tipos de incidências relacionadas à segurança publica (furtos, roubos, sequestros e outros), atribuindo localização, data, horário e descrição do ocorrido. Desta forma é possível saber que zonas de uma determinada cidade são mais seguras ou mais violentas.
- Onde Fui Roubado, criado na Bahia, é uma ferramenta de utilidade pública para captar dados sobre ações criminosas e ajudar a população e órgãos responsáveis na prevenção e no combate ao crime. Locais de crimes podem ser marcados por usuários não cadastrados.
- Owl – Rede social colaborativa, criado em São Paulo, gerado para listar e mapear pontos de ocorrências criminais como roubos, furtos, acidentes, atividades suspeitas, uso e venda de drogas, entre outros, identificando os locais. Identidade não é divulgada.
- WikiCrimes, criado no Ceará, ele permite registro de ocorrências criminais em um mapa digitalizado. Reúne as informações e possibilita a consulta sobre locais perigosos. O aplicativo dá indicações em raio e período configurados pelo usuário.
O aplicativo gaúcho B.O. Coletivo alcançou a média de um download a cada quatro minutos nos primeiros três dias após o lançamento. Já o site baiano Onde Fui Roubado recebeu 2.500 denúncias em um mês. O número é 20% acima da média mensal do Disque-Denúncia.
Sebrae Startupday
O SEBRAE Startupday é uma série de eventos promovidos pelo SEBRAE, em parceria com o Circuito Startup. Palestras, Painéis, Workshops, Atendimentos e Desafio de Startups estão entre as diversas atividades que buscam disseminar a cultura Startup no Brasil.
Os principais objetivos dos StartupDay é promover o encontro entre empreendedores, investidores (em startups), desenvolvedores, prestadores de serviço, incubadoras, aceleradoras de negócios, mídia e interessados no setor.
Com um formato Happy Hour, facilita e estimula o diálogo entre um grande número de pessoas. Evidenciando-se como uma excelente oportunidade para ampliar a rede de contatos, conhecer pessoas com novas ideias, negócios inovadores ou mesmo investidores à procura de talentos.
Acompanhe aqui a agenda do evento: http://www.sebraestartupday.com.br/agenda