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Irrigação e uso racional da água no campo

Irrigação e uso racional da água no campo

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Com a falta de chuvas no Estado de São Paulo e o consumo exacerbado de água mesmo em época de racionamento é importante atentar para as pesquisas e ações que podem levar ao menor consumo deste recurso natural na produção rural. Além disso, esses cuidados com água podem trazer uma maior margem de lucro ao produtor rural.

Pesquisas demonstram que no mundo se utilizam no campo quase 70% da água dos rios, lagos e aquíferos. O potencial de desperdício, no entanto, é um dos mais desafiadores. Os sistemas de rega, por exemplo, perdem grandes quantidades do líquido. Calcula-se que só chegam à zona de cultivo entre 15% e 50% da água extraída para irrigação.

Perde-se água por evaporação, por absorção e por fugas. Outro aspecto que impacta o consumo na agricultura é que as culturas exigem diferentes demandas na quantidade. O arroz, por exemplo, usa o dobro de água para ser produzido do que o trigo. Mas isso também muda se a região do plantio estiver em lugar mais quente ou mais fresco. A produção de 1kg de cereal pode exigir de um a dois m³ se plantado em áreas com abundância de chuvas e condições climáticas favoráveis. Se a mesma quantidade do cereal for produzida em áreas de clima desfavorável, com altas temperaturas e alto índice de evapotranspiração, exigirá entre três e quatro m³ de água.

Para cultivar um hectare de milho no Brasil ou na Argentina, necessita-se de 50% da água que se usaria para cultivar o mesmo hectare de milho em Burkina Fasso, na África, ou Bahrein, no Oriente Médio. Esses dados reforçam a importância da pesquisa e dos experimentos científicos no campo em busca de espécies mais resistentes a climas secos e menos dependentes de água. O conhecimento não só auxilia na preservação dos recursos naturais, mas também se traduz em ganhos mais efetivos no aspecto econômico da produção agrícola. O adequado uso do recurso para o plantio é meta de desenvolvimento agrícola que o país deve perseguir. Há estudos em várias instituições que contrastam métodos de manejo da água de irrigação.

Em quase todos os métodos, o uso de informações climáticas, como temperatura, umidade relativa do ar, vento e radiação solar, ajudam no cálculo da quantidade de água que a planta consome. Alguns métodos, entretanto, monitoram parâmetros, como a umidade do solo. Nesse caso, quem determina se a secagem do solo é mais rápida ou mais lenta é a planta que está sendo afetada pelos fatores ambientais. De acordo com dados levantados na Horticultura, por exemplo, o produtor que não utiliza nenhum controle da irrigação e passa a adotar alguma técnica para manejo, como avaliar as condições climáticas ou empregar um sensor de umidade do solo, na média geral, obtém aumento de 10% a 30% da produtividade. Já a redução do uso de água e energia gira em torno de 20% a 30%. São esses exemplos de estudos e pesquisas que podem potencializar a produção agrícola, utilizando a água de forma a preservá-la, que a Fundação Bunge vai avaliar para escolher os contemplados ao Prêmio Fundação Bunge 2013, dentro do tema Recursos Hídricos e Agricultura, cujo resultado sai em julho.

Para alcançar esse nível de ganho, o agricultor conta, no Brasil, com uma Infraestrutura e capacidade técnica nas áreas de monitoramento e previsão meteorológica e do sensoriamento remoto de variáveis relevantes na agricultura, considerados excelentes segundo padrões internacionais. A competência está principalmente centralizada no Vale do Paraíba, SP, onde se encontram dois centros no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Centro de Ciência do Sistema Terrestre (Inpe/CCST) e Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Inpe/CPtec)) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (MCTI/Cemaden). Esses organismos podem suportar iniciativas nesse sentido, gerando insumos cada vez maiores para a agricultura nesse campo. Outro apelo nesse sentido está na necessidade de aprimorar a relação do uso da água e a produtividade na agricultura, incluindo a Aquicultura, em razão da iminente mudança climática e seus impactos nos recursos de água doce ao redor do mundo. Entre outras instituições a desenvolver estudos, está o Inpa/MCTI, que possui câmaras climáticas preparadas para simular cenários ambientais do ano 2100 onde são cultivadas plantas e criados peixes de água doce (INCT Adapta/CNPq/Fapeam).

Esse quadro pode afetar, inclusive, o desenvolvimento sustentável e colocar em risco, por exemplo, a redução da pobreza e da mortalidade infantil. A governança hídrica é componente importante da gestão da água para obter recursos hídricos sustentáveis para diferentes sistemas socioeconômicos e administrativos nos próximos anos.

Veja mais informações como esta na seção de Agro do Sebrae Mercados.

Fonte: Sebrae 2014

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