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Ideias ao vento não movem uma pluma

Ideias ao vento não movem uma pluma

A criatividade sempre foi um dos principais motores do desenvolvimento e da tecnologia. Isso significa que as mentes mais criativas com certeza foram as principais responsáveis pela evolução da humanidade. Porém, muitos criativos ainda padecem de um grande mal: não conseguem executar as ideias que concebem ou a maioria delas cai no esquecimento, muitas vezes por lhes faltarem competências , organização e pragmatismo, o que prejudica sua produtividade.

Segundo Scott Belsky, especialista em produtividade e autor do recém-lançado livro “Making Ideas Happening”, ninguém nasce com a habilidade de completar projetos criativos. É uma competência que precisa ser construída pela criação do hábito da organização e pelo incentivo das pessoas a nossa volta em levar suas ideias adiante e realizá-las.

Hoje, mais do que nunca, pessoas realmente criativas têm a oportunidade de mudar a realidade do mundo e resolver muitos problemas centrais da humanidade. Porém, só poderá aproveitar o seu potencial criativo aquelas que conseguirem superar obstáculos como a dispersão e o excesso de perfeccionismo. Segundo Belsky, vale mais a pena desenvolver a capacidade de fazer as ideias acontecerem do que focar demasiadamente na geração e busca de ideias brilhantes.

Belsky tem estudado os hábitos de indivíduos e equipes produtivas em diversas indústrias. Em seu livro, ele apresenta uma abordagem sistematizada para uma produção e organização criativa, composta por alguns dos princípios e técnicas que essas pessoas compartilharam.

Scott Belsky ensina que, para ser executada, qualquer ideia precisa ser traduzida em projeto. Isso vale para qualquer área da vida, não importa se o objetivo é profissional, emocional ou afetivo. Porém, o termo “gerenciamento de projetos” parece amedrontar a maioria das mentes criativas. Elaborar gráficos de Gantt soa como uma burocracia desnecessária. Dependendo de como aprenderam ou do que já viveram, a experiência de organizar e gerenciar um projeto pode significar algo insatisfatório ou até mesmo traumático.

Como elaborar o projeto

O estudioso também acredita que todo projeto é basicamente composto por três elementos primários, e que o resto é praticamente irrelevante. Esses três elementos são:

– Passos de Ação: tarefas específicas e concretas que colocam você para frente. São o oxigênio do projeto, que o mantêm vivo;

– Referências: qualquer registro relacionados ao projeto, como livros, apostilas, rascunhos, anotações, notas de reunião, sites, debates, palestras, etc;

– Backburner Itens (sem tradução que o equivalha): toda e qualquer coisa não acionável mas que pode ser algum dia. É aquela ideia se tem espontaneamente, quando se está imerso em um problema, mas que ainda precisa que outras coisas aconteçam antes ou que recursos sejam captados para ser colocada em prática.

Importante lembrar que apenas os itens do primeiro elemento são acionáveis e esses devem estar no foco do projeto.

Para deixar o modelo mais tangível, Scott sugere imaginar o projeto como um folder. Dentro dele, você tem as referências – talvez uma cópia do contrato assinado com o cliente, notas de reuniões, o briefing, fotos, livros. Os passos de ação devem estar na capa, bem visível logo na frente do folder, na forma de uma lista.

Por fim, na parte de dentro da capa traseira do folder, são mantidos os backburner items, que surgem durante a execução do projeto na forma de lista que pode ser consultada esporadicamente e, quem sabe, parte colocada em prática no momento oportuno.

Este método está extremamente relacionado a abordagens contemporâneas de inovação em negócios, que também são projetos. É convergente à proposta do Design Thinking, que não possui uma lógica linear e defende que se tenha focos bem-definidos e não se faça restrições a ideias vindas aparentemente “fora de hora”, mas é preciso saber organizá-las muito bem a fim de que, quando forem tratadas, não prejudiquem o fluxo das ideias e da execução do projeto.
Por fim, mais vale uma ideia transformada em projeto executável e organizado do que várias ideias brilhantes jogadas ao vento.

Referências

BELSKY, Scott. Making Ideas Happening: Overcoming the obstacles between vision & reality”. Estados Unidos: Portifolio, 2010.

Edição: Fernanda Peregrino, da F&C Comunicação e Projetos.

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