Mais do que a venda de produtos, o comércio justo provoca uma transformação na qualidade de vida dos envolvidos. Esse é um movimento internacional que estabelece preços justos, opera respeitando questões sociais e ambientais, além de incentivar uma produção responsável e o consumo ético.
Respeito à legislação trabalhista, sustentabilidade, igualdade de gênero, combate ao trabalho infantil, redução de atravessadores, empreendedorismo com vínculos na comunidade, segurança no ambiente profissional e produção orgânica compõem o conjunto de práticas dessa forma de pensar as relações de mercado. Um regime que tem raízes fortes na cultura da cooperação e do associativismo, quando empresários se unem e se fortalecem para atuar de forma competitiva.
O Sistema Nacional de Informações de Economia Solidária – SIES – disponibilizou este ano um novo mapeamento dos Empreendimentos Econômicos Solidários (EES), formando uma base de informações de 19.708 EES, dos quais 60% estão registrados como associação e 8,8% como cooperativa.
Os números indicam um grau de formalização de praticamente 70% desses empreendimentos, cujas características são bem específicas – veja o destaque.
Quanto à distribuição geográfica dos EES, considerando grupos formais e informais o mapeamento, apontou que:
- 40,8% estão na região Nordeste;
- 16,7% na região Sul;
- 16,4% na região Sudeste;
- 15,9% na região Norte; e
- 10,3% na região Centro-Oeste.
Conforme dados disponibilizados pelo SIES, as regiões Sudeste e Sul são, proporcionalmente, as que apresentam o maior grau de informalidade do total da base de informações. O Boletim Informativo – Edição Especial, que publica esses dados, informa também a Categoria Social dos Sócios dos EES:
O Boletim, cujo conteúdo completo pode ser acessado aqui, pontua também os principais desafios e as principais conquistas desses grupos.
A economia solidária, como propulsora de competitividade na agricultura familiar, já produz histórias de sucesso em todo o país. É o FACES do Brasil, grupo denominado como Fórum de Articulação do Comércio Ético e Solidário do Brasil, fomentando a construção do comércio justo e solidário, como instrumento de uma economia inclusiva, solidária e sustentável, que dissemina histórias inspiradoras sobre esse sistema de comércio.
Conheça esses Bons Exemplos em: http://www.facesdobrasil.org.br/bons-exemplos.html