Há três décadas, o Shitake foi trazido para o país pelas mãos dos imigrantes japoneses. Hoje ele é usado em várias receitas e conquista cada vez mais espaço na mesa do brasileiro. Foi o Shitake que transformou a vida de Francisco R. Soriani, acompanhe sua história de sucesso.
O shitake chegou ao Brasil há 30 anos com a culinária japonesa. O mercado é promissor, porque outras cozinhas tradicionais começam a usar o cogumelo como ingrediente. O shitake está nos pastéis chineses, nas esfiras árabes e até nas pizzas italianas.
A produção mensal de 700 quilos de shitake garante o conforto que o empresário Francisco Roberto Soriani sempre buscou: vida no campo, longe da correria de São Paulo, mas com lucro garantido. Hoje não há produto agrícola mais rentável do que o cogumelo japonês.
“Você tem a produção de um alimento rico em vitaminas, sais minerais e ainda ele traz o benefício de um bom padrão de vida. Eu não troco por nada”, afirmou o empresário Francisco Soriani.
O empresário investiu R$ 250 mil para começar o cultivo em um sítio em Juquitiba, no interior de São Paulo. O dinheiro foi usado na construção de galpões e na compra do maquinário.
“Ele só está sendo consumido nos grandes centros, São Paulo, Rio de Janeiro, e muito pouco em Belo Horizonte e em Curitiba. Tem muito campo ainda para crescer”, acredita o empresário Francisco Soriani.
O cogumelo nasce em blocos de serragem. É um processo diferente do tradicional, feito em toras de madeira. A velocidade de produção nos blocos, cerca de 90 a 100 dias, é bem maior em comparação com as toras de madeira, que podem levar até 11 meses para a primeira produção.
A serragem é misturada com água e nutrientes, como farelos de arroz e farinha de osso. Tudo é prensado em sacos plásticos. Os blocos axênicos são levados para a autoclave, uma enorme panela de pressão, que estereliza a mistura, mata as bactérias e os fungos.
“A gente abre a porta do autoclave já dentro de um laboratório, onde tem uma pureza do ar total. Nesse momento, a gente vai inocular a semente do shitake”, aponta o empresário.
Os blocos vão para a incubadora. As janelas são vedadas para impedir a entrada de luz e a temperatura é controlada. Depois de três meses, já em um outro galpão, os blocos levam um choque térmico. A água está sempre com seis graus abaixo da temperatura ambiente. Os blocos são colocados nas estantes e aí é só esperar.
Todo o shitake produzido por Francisco Roberto Soriani é distribuído por Kaol Nagasawa.
“Ele pode triplicar a produção que eu consigo vender. Até mais”, garante o distribuidor Kaol Nagasawa.
Uma pastelaria da Liberdade, o bairro oriental de São Paulo, vende 300 pastéis de shitake por semana e o dono da pastelaria garante que são uma delícia e que os consumidores gostam pois são diferentes do tradicional.
“O distribuidor percorre o comércio da Liberdade fazendo entregas. Tem oito clientes fixos que compram todos os cogumelos.
“Vende tudo, não sobra nada, e está em falta ainda”, conta Hsu Chien Hua, dono de um mercado.
É por isso que o cultivo de shitake vai aumentar.
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Fonte: Sebrae-SC