Especial para o blog PNF
Juliano Assunção, professor da PUC |
Os serviços prestados às instituições financeiras pelos correspondentes bancários sofreu uma mudança dramática. Entre 2000 e 2001, estavam presentes apenas nos municípios com mais de 15.000 habitantes. A partir de 2002, esse modelo começou a eliminar as barreiras à entrada dos bancos em municípios de qualquer tamanho.
Foi o que destacou Juliano Assunção, professor de economia da PUC-RJ, nas discussões sobre serviços financeiros promovidas nesta segunda-feira (21), pelo III Fórum Banco Central sobre Inclusão Financeira. O evento acontece até o dia 23 de novembro em Brasília.
“O correspondente bancário nada mais é do que um contrato entre uma instituição financeira e uma empresa. Basicamente, a existência dessas firmas foi estabelecida de modo a eliminar barreiras de entrada”, observa Juliano.
Criados como mecanismo de inclusão para o atendimento dos clientes por meio de estabelecimentos em locais onde não existia assistência bancária, os correspondentes se ampliaram no País, reforçados pelas normas do Conselho Monetário Nacional (CMN).
O Banco Central (BC) estima que existiam no Brasil 150 mil correspondentes bancários no final de 2010, incluindo lojas comerciais, supermercados, lotéricas, agências dos Correios, entre outros.
No ano 2000, 1.165 municípios brasileiros não tinham estabelecimentos com oferta de serviços bancários. Outros 2.240 contavam apenas com um ou dois pontos de atendimento. Em 2010, todas as 5.400 cidades brasileiras passaram a ter pelo menos um estabelecimento com oferta de serviços bancários, de acordo com o BC.