Quantas vezes não “comemos com os olhos”? Aquele prato bem apresentado é diferente e pode ser decisivo em nossa escolha. E em Roma tive a oportunidade de ver isso não só para direcionar minha opção de prato, mas para me convidar a entrar em um restaurante.
Em uma das vitrines na fachada havia um cardápio como se fosse a tela de uma TV. Ao tocar na vitrine, o potencial cliente visualiza as opções de comida; basta usar as mãos para passar pelos itens do cardápio e, por aqueles que tem mais interesse, visualizar em uma foto ampliada.
Assim, o restaurante Romoli Bar, aberto em 1908, atrai consumidores de uma forma inovadora e interativa, utilizando a tecnologia como grande chamariz. Não sendo um efeito restrito a mim, consegui gravar os romanos interagindo com o cardápio.
Podemos ver que crescentemente os bares e restaurantes tem caprichado na confecção de seus cardápios e pude ver como crescentemente esses instrumentos se tornam mais ativos. Eles já foram parar na internet e agora tem um papel mais ativo indo até os clientes para atrair para o comércio, mesmo quando não se estava procurando especificamente por um bar ou restaurante. Esse tipo de cardápio já está se espalhando pelos Estados Unidos e Japão e Europa.
Ainda em uma forma interativa, mas apenas após a escolha do restaurante, em São Paulo os clientes do Bar Brahma podem visualizar as opções do cardápio no iPad por meio de um aplicativo. Essa experiência multimídia estimula conhecer todas as opções de pratos, bebidas e sobremesas, além da conta.
É a diferenciação baseada na experiência do cliente, que passa a interagir mais com o restaurante. Agora o comércio consegue melhor apresentar seus produtos antes do consumo, como já faziam as indústrias alimentícias por meio de embalagens. Agora, além de ter de caprichar no site, na logomarca, o cardápio também se tornou um item que merece maior atenção. E não se esqueça do que já publicamos e de que até cores de um cardápio podem influenciar na sensação de fome.
Afinal, nossa experiência visual estimula a compra e essa experiência sensorial pode e deve ser explorada. Além de pratos com apelos sensoriais, as fotos devem transpor cores e formas, despertando o desejo.
E cada vez mais essas experiências buscam clientes ativamente, assim, aposte que seus potenciais clientes podem “comer com os olhos”.
Luciana Pecegueiro Furtado, da Unidade de Acesso a Mercados do Sebrae