Central de Negócios: oportunidade de projetar a empresa com apoio de outros empresários
As empresas podem ter redução dos custos ao fazer compras conjuntas e acesso facilitado a linhas de crédito
Por Renan Rodrigues Monteiro*
A expressão Central de Negócios é muito pouco conhecida por grande parte das pessoas físicas e jurídicas, segundo Eraldo Ricardo, gestor nacional do projeto. A Central de Negócios reúne empresários em uma associação para tornar seus negócios mais competitivos e terem condições de melhor reagir à tendência de concentração do mercado.
Do ponto de vista financeiro, essa ferramenta pode gerar bons a excelentes resultados. A Rede Construir, de Minas Gerais, aumentou em um ano o número de empresas associadas. Saltou de 11, em 2006, para 28, em 2007, a quantidade de empresas integrantes dessa Central de Negócios. O número de empregados foi de 3 para 7 e o faturamento médio por pessoa jurídica associada de R$ 70 mil para R$ 117 mil em 2007. O tíquete médio de compras era de R$ 42,20 e foi para R$ 65,00. Hoje, onze anos depois de sua criação, a Rede tem 215 lojas associadas e está em 7 estados brasileiros.
A Central de Negócios viabiliza objetivos comuns de empresas do mesmo ramo por meio de ações coletivas. Integrando uma Central de Negócio, é possível fazer compras conjuntas; ter acesso a linhas de créditos especiais (até mesmo personalizadas); estabelecer plano de marketing; e reduzir o custo de insumos; e ter maior eficiência. Essas são apenas algumas das vantagens desse tipo de associativismo.
Após a constituição da Central de Negócios, a RedeCon (Rede de Contadores) obteve aumento médio do piso salarial, que foi R$ 300,00 (26,67%) em dezembro de 2005 para R$ 380,00 em dezembro de 2007.
Contudo, para o crescimento e amadurecimento de uma central, é preciso esforços individuais a fim de aumentar a força coletiva, ou seja, barreiras impostas naturalmente deverão ser quebradas. Nesse contexto, incluem-se a falta de confiança em si, nos outros empresários do setor e na ferramenta; e excesso de ganância. Enfim, são limitações impostas por nós mesmos.
Talvez não seja a falta de informação o motivo do número pequeno de centrais de negócios, mas a falta de sensibilidade, já que é a ação individual a responsável por alavancar a força coletiva.
*Integra a equipe da Unidade de Acesso a Mercados e Serviços Financeiros (UAMSF).
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