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Boas práticas no sistema de crédito cooperativo

Recentemente, o Sebrae foi convidado a participar do projeto “Prospecção de boas práticas em cooperativas de crédito”, concebido pela OCB/SESCOOP, com duração de três anos. O objetivo do projeto é ampliar conhecimento dos atores envolvidos – tais como o Sebrae, Banco Central, Ministério da Fazenda e os próprios sistemas cooperativos –, sobre as atividades práticas das cooperativas e os impactos positivos para os associados, além de disseminar experiências bem-sucedidas de cooperativismo de crédito nacional e internacional.

O projeto é semelhante ao que o Sistema Sebrae desenvolveu entre 2009 e 2010, ampliado em 2011 e que terá duração até 2014. A ideia é estimular boas práticas do cooperativismo de crédito com as micro e pequenas empresas e empreendedores, mas com foco na ampliação do acesso a crédito e atendimento.

A primeira visita técnica do projeto ocorreu entre os dias 24 e 28 de outubro de 2012, no Rio Grande do Sul, para conhecer as práticas de modelo de verticalização sistêmica (Centro Administrativo do Sicredi), atuação em nicho de mercado (Cooperativa Central Unicred/RS) e a integração das cooperativas de crédito com a comunidade (Sicredi Pioneira). O mais interessante foi constatar que o cooperativismo de crédito no Sul do país percebe a importância dos pequenos negócios para crescer.

O destaque neste contexto é da Sicredi Pioneira, primeira cooperativa de crédito do Brasil, há 110 anos em atividade. Ela atua na Serra Gaúcha, que engloba 11% da população do Rio Grande do Sul, região de pleno emprego e renda per capita elevada. A Sicredi desenvolveu modelo interessante de atuação integrada com a comunidade. Para uma melhor gestão comercial e atuação em rede, criou três regionais – Caxias, Serra e Sinos. O trabalho de prospecção de novos associados segue o modelo tradicional do mercado financeiro, embora se posicione estrategicamente perante à comunidade como cooperativa de crédito e não banco.

Segundo os principais executivos da cooperativa, as pessoas jurídicas de pequeno porte têm forte influência na rentabilidade da cooperativa, por isso, estão estudando, para 2013, um modelo de atendimento exclusivo, com assessoria e consultoria financeira para o segmento.

Outro ponto de destaque e que demonstra a total integração com os associados é o tratamento personalizado. De acordo com pesquisas e indicadores utilizados pela cooperativa para medir o grau de satisfação dos associados, o tratamento pode ser comparado ao atendimento dos serviços prime que os bancos oferecem à clientela de alta renda.

Conversas informais com associados apontaram, de fato, que a cooperativa consegue fazer um atendimento singular, respeitando individualidades e características específicas de cada perfil de associado. Isso só é possível porque os funcionários estão engajados na causa cooperativista. O foco é sempre o atendimento, principalmente dos associados de pequeno porte – dos 80 mil sócios, 86% são agricultores familiares e pessoas físicas que trabalham no comércio e na indústria, enquanto os outros 14% são micro e pequenas empresas.

O trabalho educativo e de sensibilização sobre os benefícios financeiros agregados pela cooperativa à região e, claro, ao bolso do associado é também um grande diferencial. Uma política social e continuada de investimento em educação com o associado e o funcionário corrobora com a estratégia de integração da comunidade com a cooperativa.

Os principais programas sociais são o União Faz a Vida, com o objetivo de construir e vivenciar atitudes e valores de cooperação e cidadania nos jovens da comunidade; o programa de cooperativas escolares, que visa desenvolver o empreendedorismo e o cooperativismo, bem como estimular novas lideranças na comunidade; a parceria entre a Sicredi Pioneira e Cooperativa PIA, para revitalizar a produção de leiteira na região; e o programa de educação financeira para promover conhecimento financeiro dos associados. Essa mobilização, que vai além da captação de negócios, comprova a importância da cooperativa para a comunidade.

Com tudo isso, podemos afirmar que a Sicredi Pioneira exerce plenamente os sete princípios que norteiam o cooperativismo, embora as lideranças locais considerem que ainda há muito que realizar. Deixo, assim, registrada nossa percepção sobre o belo trabalho de todos. Parabéns.

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