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Artesanato e precificação: desafios e oportunidades

Colocar preço em uma peça totalmente artesanal, produto das mãos de um mestre artesão, que levam em suas características uma dose de inspiração, criatividade e talento não é tarefa fácil. Para o artesão seu produto deve ter um valor muito mais alto do que o consumidor normalmente está disposto a pagar. Isso porque na maioria das vezes o cliente não reconhece todos os valores implícitos na peça.

O assunto “preço” deve estar muito bem entendido e organizado na mente do artesão para que ele não perca tempo, dinheiro e oportunidades de negócios com sua arte. Produtos similares podem ser encontrados no mercado (feiras, lojas, ateliê) com preços totalmente diferentes, isso se dá pela falta de compreensão do próprio produto ou supervalorização ante a uma oportunidade de vender por preços mais altos.

Para não correr o risco de colocar o preço de sua obra muito abaixo ou muito acima do que ela verdadeiramente é ou de quanto ela pode ser vendida em certa oportunidade, o artesão precisa estar atento a fatores imprescindíveis como:

  • Ambiente de exposição da peça;
  • Embalagem;
  • Qualidade do produto;
  • Inovação no processo de produção;
  • Matéria prima;
  • Mão de obra;
  • Utilidade do produto;
  • Atendimento.

Entender melhor o processo de decisão de compra praticado hoje no mercado pode ajudar a precificar o artesanato. Em linhas gerais existem dois tipos de consumidores: os que buscam design e diferencial no produto e os que buscam preço.

  • Consumidores que buscam DESIGN – Valorizam mais a peça em seus pormenores. São capazes de ver itens inseridos ao valor agregado e que dão o referido preço, como inovação, exclusividade, qualidade, experiência e embalagem. – Prezam por um atendimento diferenciado (valorizam inclusive o pós-venda) e estão dispostos a pagar um pouco mais pelo artesanato.
  • Consumidores que buscam PREÇO – Geralmente têm o objetivo de comprar mais (maior quantidade) e dão pouco valor a qualidade. São extremamente influenciados por modismos e querem fazer compras rápidas, sem muito envolvimento com quem vende ou com o artesão. – Querem satisfazer seu desejo de ter um produto, mesmo que menos qualificado, mas que caiba no preço que pode pagar ou que acha justo.

De posse dessas informações levantadas em pesquisas do Sebrae em feiras de artesanato e grupos focais sobre o tema, o artesão pode pensar melhor o preço de cada peça desenvolvida. É importante ter em mente que não basta vender por vender. Quanto mais aprofundada for a análise de cada item que envolve a produção (seja ele tangível ou não) mais apropriado será o preço e melhor será a experiência de compra do consumidor que passará a ser cliente.

Na eterna disputa entre lojistas e artesãos para acordarem sobre o valor e o preço dos artesanatos, é importante levar em consideração a quantidade de peças que será comprada e oferecer sim um desconto sobre elas. Afinal essa é a tênue linha entre atacado e varejo.

Buscar experiências em feiras, eventos e disponibilização de peças em lojas físicas e virtuais são dicas preciosas para o artesão que deseja fazer da sua arte um bom negócio. A vivência destes ambientes pode auxiliar no desenvolvimento da percepção de preços e valores.

Pense nisso!

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