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A ampla concorrência para os pequenos produtores de cachaça avaliada na Expocachaça 2014

A ampla concorrência para os pequenos produtores de cachaça avaliada na Expocachaça 2014

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Os pequenos negócios do setor de cachaça defrontam-se com uma estrutura de mercado caracterizada por ampla concorrência associada ao amplo número de marcas registradas no país. O número de produtores chega a 40 mil, com mais de 4 mil marcas registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A produção se destaca nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Paraíba. Contudo, mesmo diante dessa forte concorrência, é elevada a possibilidade de diferenciação do produto com respeito aos aspectos sensoriais da bebida, no que tange fatores como coloração, odor e sabor, bem como características de embalagem, inclusive sua marca. As MPEs (Micro e Pequenas Empresas), particularmente, têm condições de promover referidos diferenciais, no que pese o fato de menores escalas de produção possibilitarem maior controle sobre o processo de produção e, consequentemente, maior domínio sobre a qualidade do produto final.

“…apresentar qualidade, força aqueles produtores de regiões tradicionais a sair da zona de conforto”

Moacir Menegotto – Destilados Artesanais Casa Bucco – Expositor Expocachaça 2014.

Quanto às grandes empresas, vale destacar que estas também procuram oferecer produtos diferenciados, de forma que também concorrem fortemente com MPEs. As oportunidades do setor têm se distribuído para produtores dos mais diversos portes, de forma que as melhorias na imagem do produto perante o mercado nacional e internacional, bem como o esperado aumento do consumo, geram benefícios para todos os segmentos. No caso de empresas maiores, o tamanho dos equipamentos e as características do processo industrial facilitam a padronização e a formação de lotes maiores. Desse modo, sua escala de produção permite buscar clientes e contratos maiores.

Além dos concorrentes diretos de produção, deve-se estar atento também à concorrência com outros destilados, como uísque, vodca, rum e tequila, cada vez mais conhecidos pelo público, inclusive na composição de diversos drinques. A concorrência desleal com produtores informais de cachaça também deve ser considerada, tendo em vista as dificuldades de fiscalização e a desculpa de a produção ser a saída para a sobrevivência de muitos produtores rurais. Diante dessas concorrências, a atuação dos produtores de cachaça em forma coordenada é essencial para a promoção da bebida, principalmente valendo-se da organização por meio de entidades setoriais.

Assim, em síntese, a concorrência direta deve ser observada através de um conjunto de fatores, dentre os quais se destacam o processo e a escala de produção, a presença de certificações, bem como características de diferenciação sensorial e de apresentação. Indiretamente, destaca-se a concorrência relacionada a outras bebidas, principalmente destiladas, bem como a questão da informalidade ainda muito presente nesse mercado.

Nas observações realizadas na Expocachaça 2014 pode-se materializar as estratégias utilizadas pelos produtores. A Cachaça São Miguel, por exemplo, já se apresentou como sendo “melhor cachaça do Brasil, a cachaça medalha de ouro do Rio de Janeiro”, com sua cachaça ouro envelhecida no barril de cerejeira.

Para os produtores de cachaça presentes na feira o olhar para a concorrência interna é visto com certo pessimismo por muitos, mas a concorrência realmente se acirra com os grandes fornecedores que possuem maior poder de barganha junto aos bares e restaurantes. Por outro lado alguns empreendedores lançam mão da criatividade para disputar por esse mercado, como priorizar mercados em regiões mais afastadas dos grandes centros com parcerias junto a distribuidores locais ou realizando degustações em pontos de vendas, oferecendo a experiência ao consumidor final.

Diferenciando dos grandes fornecedores, os pequenos produtores defendem que possuem qualidade superior em função das divergências no processo produtivo e suas especificidades locais e afirmam ainda que o mercado externo é uma grande oportunidade. Realizar parcerias com importadores é uma estratégia competitiva. “Temos uma produção de 16 mil litros por ano. Praticando preços que vão de R$ 37,00 a R$ 60,00, existe uma grande dificuldade de se colocar um produto diferenciado no mercado. É difícil o público entender que o produto tem uma qualidade superior. Todas as nossas cachaças são premiadas internacionalmente. Exportamos para China e queremos entrar nos EUA. Investimos em um nome e embalagem para os turistas.” afirma Aurélia Wernek – Cachaça Wernek –  http://www.cachacawerneck.com.br .

Quer saber mais sobre o segmento da cachaça? Acesse a seção de Agro do Sebrae Mercados.

Fonte: Sebrae Mercados | Expocachaça 2014

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