Evidenciada pelo cenário atual e futuro para o setor no país, a “demanda latente por reciclados de alumínio mobiliza toda a cadeia produtiva”, revelando potenciais oportunidades para catadores e recicladores.
O processo de reciclagem permite que o alumínio seja reutilizado em determinados produtos de diversos setores produtivos. Esse processo, que se resume no derretimento do metal, é bem menos dispendioso em termos de energia quando comparado ao sistema produtivo primário e produz o alumínio líquido, posteriormente solidificado e formando os lingotes.
A reciclagem não danifica a estrutura do metal, que pode ainda ser reciclado infinitamente e reutilizado na produção de qualquer produto com o mesmo nível de qualidade do alumínio recém-produzido por mineração.
A ampla variedade de aplicação do alumínio dá a dimensão do seu mercado comprador: bens de consumo (utensílios domésticos, móveis e decoração, eletroeletrônicos, eletrodomésticos e artigos esportivos); automotivo e transportes; construção civil; embalagens; indústria elétrica (fios e cabos); máquinas e equipamentos; entre outros.
Terá mais chance de sucesso no negócio, o empreendedor que iniciar uma usina de reciclagem de alumínio reunindo características como:
- Ter conhecimento específico sobre reciclagem, suas diversas variações tecnológicas e de tipos de produtos a serem reciclados. Principalmente se esse conhecimento for proveniente de experiências adquiridas anteriormente e da participação em cursos e eventos sobre reciclagem;
- Buscar melhor qualificação e manter-se permanentemente atualizado, tanto com a participação em cursos específicos sobre reciclagem, biodiversidade, ambivalência de produtos, quanto de gestão empresarial;
- Possuir visão prospectiva do negócio, buscando antecipar tendências principalmente no que tange ao interesse de mercado das indústrias compradoras, além de estar sempre atento às inovações tecnológicas e de mercado;
- Atuar amparado nas tendências do mercado que atende;
- Ter habilidade no tratamento com pessoas tanto com seus colaboradores quanto com clientes, fornecedores, catadores, cooperativas;
- Priorizar a qualidade dos materiais a serem reciclados e valorizar o produto resultante da reciclagem, empregando técnicas adequadas para análise e seleção entre os materiais recebidos passíveis de serem processados e reciclados daqueles que não oferecem tais condições, ou não interessem ao processo produtivo da própria empresa;
- Entender que reciclar “lixo” não significa ter um empreendimento desorganizado, sujo, com mau cheiro, dentre outros adjetivos. Por isso, manter seu empreendimento, incluindo a linha de produção, muito limpo e com odor agradável, fazendo com que este requisito seja um ponto positivo a mais em seu segmento empresarial;
- Explorar o próprio potencial criativo, sempre com capacidade de sugerir ou mesmo criar formas inovadoras de uso de seus produtos para estar sempre à frente de seus concorrentes.
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Com o objetivo de orientar novos empresários para atuação no setor de reciclagem, o SEBRAE desenvolve publicações que trazem informações iniciais para a estruturação do negócio. Um exemplo é o Comece Certo Usina de Reciclagem do SEBRAE SP, na qual constam os aspectos legais da atividade.