Durante anos, a ambição de toda empresa era estar presente nos mercados dos países tidos como desenvolvidos. Na última década, em função da crise financeira internacional e de alguns acidentes de cunho climático, houve uma nova valorização e reflexão do papel estratégico dos mercados locais e mais próximos. Entretanto, uma variável passou a ser diferenciadora para garantir esta presença e assim poder usufruir das oportunidades desses negócios: ser competitivo em padrão internacional.
O tema é tão importante que foi debatido na última assembléia da ALIDE – Associação Latinoamericana de Instituições Financeiras para o Desenvolvimento, realizada nos dias 19 e 20 de maio em Assunção, no Paraguai. Representantes de diversas agências de desenvolvimento da América Latina e Caribe discutiram estratégias de competitividade que contribuam para o aumento da presença da pequena e média empresa da região nesses mercados locais, aproveitando as oportunidades desse novo cenário.
Entre as estratégias de competitividade, foram tratadas questões como internacionalização, inovação e melhoria de logística e infraestrutura da região. A partir de relatos de boas práticas de apoio financeiro e não financeiro em empresas, também foi possível identificar algumas lições que precisam ser trabalhadas:
• Ampliar as oportunidades de cooperação entre as entidades da região;
• Buscar caminhos de integração e complementaridade produtiva;
• Fortalecer a oferta de instrumentos não financeiros (assistência técnica) para empresas;
• Dar visibilidade a produção da região;
• Agregar valor aos produtos e serviços da região;
• Aproveitar a onda de crescimento da região para uma inserção competitiva de nossos produtos serviços e empresas no comercio internacional;
• Fortalecer a relação sul-sul;
Como se vê, oportunidades existem, mas elas também trazem desafios que precisam ser superados de forma integrada, sistêmica e com ganhos para todos.
* Paulo Alvim é gerente da Unidade de Acesso a Mercados e Serviços Financeiros do Sebrae Nacional.